Um seminário para pessoas com deficiência visual ocorreu na manhã desta sexta-feira (16) em Feira de Santana. O evento abordou os desafios enfrentados por estas pessoas para ter acesso a políticas públicas.
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A conferência foi realizada no Instituto de Educação de Tempo Integral Gastão Guimarães. Em entrevista ao Acorda Cidade, Reinaldo Maia, presidente da Associação Feirense dos Deficientes Visuais, contou o objetivo do seminário.
“Esse seminário é para alertar as pessoas com deficiência que fiquem na luta, as políticas públicas são um direito nosso. Temos dificuldades. A gente precisa de saúde, educação e do social. Precisamos disso, políticas públicas que tem lei, mas que nem o estado, nem a união oferecem. A gente fica nesse déficit, na carência”, disse.
Maia apresentou um panorama com as principais dificuldades. “As políticas não chegam até a gente. Na educação especial, o estado acabou com a confederação da educação especial, que era um norte para as pessoas com deficiência. Nos municípios, os Centros de Apoio Psicológicos [Caps] estão sucateados. As salas multifuncionais não atendem às pessoas que estão mais longe. Feira de Santana não atende, imagina, cidades mais distantes. Na área da saúde, não tem uma saúde para uma pessoa com deficiência”, afirmou.
Reinaldo afirmou que diversas autoridades têm ciência dos problemas que o grupo enfrenta. Maia lembrou que uma das promessas de Jerônimo Rodrigues, atual governador da Bahia, foi direcionada para as pessoas com deficiência visual.
“O governador Jerônimo nos garantiu que ele teria um olhar diferente para a gente. E esse olhar ainda não nos atingiu. A gente precisa que o governador nos receba para a gente discutir as políticas para as pessoas com deficiência. Trazer elas para a necessidade de hoje. Nós estamos pedindo a ele que nos atenda, que ouça as pessoas com deficiência”, declarou Maia.
O presidente da Associação Feirense acredita que cerca 150 mil pessoas em Feira de Santana sejam portadoras de algum tipo de deficiência visual, pessoas que apresentam algum grau de cegueira, baixa visão ou visão monocular. O evento também foi marcado pela eleição da nova presidência da associação.
Maia reconheceu que avanços foram feitos em Feira de Santana, como o rebaixamento das calçadas no centro da cidade, mas que ainda muito precisa ser feito. Ele fez um apelo.
“Quero pedir às pessoas, à população e às autoridades que nos ajudem nessa caminhada. Sozinho, ninguém é capaz. Se deputados, vereadores e prefeitos não fizerem por nós, não criarem os Conselhos da Pessoa com Deficiência, não derem apoio, não ajudarem, será ruim. É tão bonito ter um prefeito que cuide das suas pessoas com deficiência”, finalizou Reinaldo.
O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Secretaria Municipal de Saúde, assim como do Núcleo Territorial de Educação (NTE-19).
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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