Alerta

Agosto Verde Claro: aumento dos linfonodos no pescoço, axilas ou virilha é sinal de alerta

Médica destaca que é importante ter um mês dedicado a conscientização dos linfomas, pois é uma doença que tem crescido muito.

agosto verde claro - linfoma
Foto: Freepik

Agosto Verde Claro é o mês de sensibilização e combate aos linfomas, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, responsável pelas defesas do organismo e ao combate às infecções e outras doenças. A rápida identificação do problema pode aumentar a taxa de sobrevida, que atualmente é de 72% em cinco anos após a cura da doença.

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A médica hematologista e oncologista Ana Paloma Ribeiro destaca ao Acorda Cidade que é importante ter um mês dedicado a conscientização dos linfomas, pois é uma doença que tem crescido muito. Segundo ela tem se descoberto mais os linfomas e eles são de muitos tipos. Por isso é importante que as pessoas tenham consciência sobre o que é a doença.

médica hematologista e oncologista Ana Paloma Ribeiro
Foto Ed Santos/Acorda Cidade

“Os linfomas são tumores originados dos gânglios linfáticos. Eles podem ser do tipo não Hodgkin ou eles podem ser do tipo Hodgkin. São doenças diferentes e mesmo entre esses tipos, a gente tem vários subtipos. São mais de 20 subtipos de linfoma. E isso é importante que vem no resultado da biópsia. A gente faz a biópsia do gânglio. Esses gânglios podem acontecer em qualquer parte do corpo e tendo o diagnóstico, sabendo qual é o tipo, a gente faz o tratamento específico. Pra deixar claro, nem toda íngua grande é linfoma. Então nem todo linfonodo aumentado, ele é linfoma. Existe uma série de doenças, infecto contagiosas, outros tipos de doença que podem aumentar também os linfonodos. Por isso que é importante ir ao médico”.

Sobre as causas da doença, a médica Ana Paloma Ribeiro explicou ao Acorda Cidade que tem os linfomas que não sabe de onde vem as causas e tem alguns linfomas associados a vírus, como por exemplo o HTLV e o HIV. Com relação aos fatores de risco, ela citou como exemplo o tabagismo, exposição à radiação e a exposição a vírus como HIV.

“Pode ter causas daqueles pacientes que são imunodeprimidos, como os pacientes pós-transplante ou que usam drogas imunossupressoras. Você pode ter através de radiação, pode ter através de exposição a derivados, como o benzino, por exemplo. Mas, na grande maioria das vezes, tirando os vírus que são fáceis de detectar, a gente não tem uma causa tão específica. Tem alguns que estão relacionados também a alguns distúrbios genéticos. O mais importante é buscar o tratamento”.

A médica alertou ainda para a importância de buscar um médico sempre que notar que um linfonodo esteja crescendo. Ela afirma que somente um médico vai poder fazer o diagnóstico diferencial com outras causas. Ela disse ainda que quando eles estão internos, existem alguns sinais, que podem ser observados como por exemplo, cansaço, perda de peso e sudorese.

“Se você vê que tem algum linfonodo no seu pescoço, axila ou virilha aumentado, você deve ir ao médico, para ele tirar essa dúvida. Porque pode ser uma doença infectocontagiosa, mas pode ser também um linfoma. O importante é ir ao médico e tirar a dúvida, de fato, do que é que se trata, já que não tem um sinal específico. Ele se parece com muitas outras doenças, então, na dúvida, sempre procurar o médico”, salientou.

Tratamentos

Com relação aos tipos de tratamento, Ana Paloma Ribeiro destaca que existem muitos disponíveis e que a grande maioria dos linfomas tem cura. Segundo ela, o tratamento envolve quimioterapia, às vezes radioterapia, além de tratamentos diferenciados, como imunoterapia.

“Quem tiver o diagnóstico de linfoma não precisa ficar desesperado, porque tem tratamento. Converse com o seu hematologista, converse com o seu oncologista. O linfoma hoje, ele diagnosticado corretamente, tratado corretamente, ele tem uma chance de cura muito boa. E é por isso que esses meses de conscientização, eles estão aí, para que a gente possa conversar sobre isso e tirar esse medo” destacou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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