Nesta quinta-feira (8), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, esteve mais uma vez em Feira de Santana para a entrega de obras e projetos. Durante seu discurso, no distrito da Matinha, o governador abordou o tema do Sistema de Regulação, um mecanismo criado para gerir vagas hospitalares e atender outras necessidades de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
📲 😎SEJA VIP: Siga nosso canal no WhatsApp e receba conteúdos exclusivos
O sistema enfrenta críticas devido ao tempo de espera que muitas pessoas enfrentam para conseguir uma vaga em um hospital. O aumento no número de leitos tem reduzido esse tempo, mas ainda não atende totalmente a demanda atual.
Jerônimo Rodrigues explicou que o Sistema de Regulação foi desenvolvido para organizar as demandas de saúde e garantir que os casos mais graves sejam atendidos com prioridade.
“Quando não existia o conceito de regulação, as pessoas nem sabiam e sofriam. Aí a gente estabelece uma organização das demandas. O que é regulação? É se alguém, por exemplo em Barreiras, precisar de um serviço que não tenha lá, a gente tem a informação para onde levar. Então a gente regula quais são os casos mais graves. E nós estamos trabalhando para que a gente sempre tenha o atendimento com maior brevidade possível. A regulação sempre vai acontecer”, explicou o governador.
Ele também destacou que a demora no atendimento seria significativamente reduzida se houvesse uma atenção básica mais eficiente por parte das prefeituras. Segundo Rodrigues, muitos casos que poderiam ser resolvidos em unidades básicas de saúde acabam se agravando por falta de atendimento adequado, aumentando a pressão sobre os hospitais e o sistema de regulação.
“Quando a gente fala que queremos zerar a regulação, é zerar, naturalmente, o tempo de espera. Mas a gente vai ter que botar um lugar para dizer, olha, puxa para cá, puxa para lá. Hoje nós temos na Bahia uma realidade que os casos que estão na regulação, se nós tivéssemos uma atenção básica, aí nós zeraríamos com mais rapidez.”
O governador exemplificou a situação, mencionando que muitos casos simples, como um machucado no dedo, poderiam ser resolvidos em unidades de pronto atendimento (UPA) ou postos de saúde. No entanto, sem o tratamento adequado e no tempo certo, esses problemas podem se agravar, exigindo intervenções mais complexas nos hospitais.
“E mesmo no Hospital Clériston Andrade, às vezes que a secretária de Saúde Roberta vai no final de semana, no meio de semana, e a gente tem às vezes tanto no corredor, quanto dentro dos leitos, 60, 70, 80% daqueles casos que era para ser atendido na policlínica municipal, na UPA, no UBS, mas não fez.”
O governador enfatizou que, embora a responsabilidade pelo atendimento primário seja das prefeituras, a população busca o local onde a porta está aberta, independentemente de ser responsabilidade do Estado ou do município. Reconhecendo essa realidade, ele afirmou que o governo está trabalhando para expandir a capacidade de atendimento nos hospitais estaduais.
“Nós estamos cuidando, a gente na semana passada, a gente já autorizou, a secretária de Saúde já publicou no Diário Oficial a licitação pra gente poder ampliar mais leitos e mais UTIs.”
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram