Carnaval

Escolas da Série A superam dificuldades para desfilar na Sapucaí

ntegrantes da Unidos de Vila Santa Tereza desfilaram sem fantasia. Jacarezinho concluiu carros pouco antes de entrar na passarela.

Acorda Cidade
 
Superação é a palavra que melhor define o desfile das escolas da Série A, no Sambódromo do Rio, nesta sexta-feira (8). Algumas escolas, vindas diretamente do antigo Grupo B, como a Unidos de Vila Santa Tereza, desfilaram com alas e alguns integrantes da bateria sem fantasia, o que fatalmente fará com que elas percam preciosos pontos no desfile.
 
De acordo com ritmistas da Santa Tereza, a fantasia chegou muito tarde à concentração e não daria tempo para que todos se vestissem. A escola então optou por desfilar de roupa comum, ou seja, de bermuda e camiseta. As fantasias ficaram largadas na armação. Muitos integrantes da escolas estavam sem qualquer adereço. Mulheres cruzuram a Marquês de Sapucaí de calcinha e sutiã e muitos homens vestiam apenas bermudas.

Para superar as dificuldades financeiras, as escolas se valeram da força do canto e do samba de seus componentes. A Unidos do Jacarezinho,  primeira a desfilar, até minutos antes da apresentação tentava aprontar dois tripés que viriam logo atrás da comissão de frente. Não deu tempo: um deles entrou na Sapucaí.
 
A escola, que teve como enredo o centenário do intérprete da Estação Primeira de Mangueira, Jamelão, trouxe a dançarina Gracyanne Barbosa como madrinha de bateria. Mas ela entrou na avenida quando a bateria estava posicionada no primeiro recuo – a tempo, no entanto, de ouvir o presidente José Roberto da Silva dizer antes do "esquenta" que a escola ia mostrar o que foi possível fazer.
 
A segunda escola, a Porto da Pedra, que contou a história do calçado, destacando as personagens que criaram moda, também enfrentou uma série de dificuldades antes de começar o desfile. Um engarrafamento fez com que as baianas chegassem à área de armação da escola minutos antes de entrar na avenida. A correria foi grande para que todas conseguissem vestir a fantasia a tempo.
 
"Pegamos um engarrafamento imenso na Ponte Rio-Niterói, tudo parado. Saímos de São Gonçalo às 18h", contou uma das baianas, que se identificou apenas como Maria, enquanto ajeitava o chapéu ajudada por um integrante da ala dos compositores.
 
O carnavalesco, Leandro Valente, que assumiu o carnaval da Porto da Pedra um mês, disse que teve de reformular todos os carros e fantasias. Para que a escola pudesse desfilar completa, ele contou com o trabalho da comunidade, de voluntários e de amigos. Mas a fantasia do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira não ficou pronta a tempo e o segundo casal assumiu o posto aos prantos na avenida.
 
"A escola estava parada. Tivemos 30 dias para fazer tudo isso", disse Leandro, que é artista plástico e trabalhava na escola como assessor de imprensa.
 
 
A Acadêmicos de Santa Cruz , se não mostrou problemas financeiros, passou por alguns sustos  A escola se apresentou com carros grandes e bem acabados e fantasias ricas. Mas teve dificuldades para manobrar seus carros na concentração. O primeiro quase entrou na cabine de transmissão da TV Globo. Outros dois dos quatro carros também tiveram de fazer várias manobras para que não prendessem na grade do Setor 1. Isso deixou os diretores bastante exaltados, temendo que se formassem buracos durante o desfile. Leia mais no G1.
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