Pode subir o nível, pode elevar a tensão. Duda e Ana Patrícia estão prontas para provar que não estão no topo do ranking mundial por acaso. Diante da sexta dupla do mundo, as letãs Tina Graudina e Anastasija Samoilova, as brasileiras tiveram uma atuação de gala para seguir sem perder sets nos Jogos Olímpicos Paris 2024.
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Após saírem perdendo por 6/0 no primeiro set, viraram para vencer por 21/16 e 21/10, e selaram a classificação para as semifinais, recolocando o Brasil na disputa por medalhas do vôlei de praia após oito anos. As adversárias na luta por uma vaga na final serão as australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy, vice-campeãs olímpicas em Tóquio 2020.
Brasileiras reagem e se agigantam para manter invencibilidade
O começo foi assustador. A dupla da Letônia começou impondo pressão e forçando erros das brasileiras. Com impressionante 5 a 0 contra, Duda pediu tempo. As brasileiras ainda levaram outro ponto até finalmente inaugurarem o placar. Daí em diante inverteram a narrativa com excelentes passagens pelo saque. Tanto Duda quanto Ana cravaram aces. Foi num ponto de saque da sergipana que a virada veio em 9 a 8.
As letãs pediram tempo quando a distância chegou a três pontos e encurtaram a margem. Mas as brasileiras, em outra voltagem na defesa, se multiplicaram. Ana se agigantou no bloqueio para abrir 15/12 num momento crucial. Seguiu a mil no fundamento e eficiente na cobertura, proporcionando contra-ataques. Em outro bloqueio desmoralizante abriu 19/14. Foi da mineira, explorando os braços da adversária, o ataque que encerrou a parcial em 21/16.
Sem dar chance para o azar, Duda e Ana mantiveram a rotação no início do segundo set. Abriram 4/1 com mais um bloqueio gigante de Ana, o quinto no jogo até então, e forçaram o pedido de tempo das letãs. Nem um toco de Tina Graudina na mineira mudou o astral do jogo. Ana passou a recuar mais, mas a consistência defensiva das brasileiras se mostrou ampla e com muitos recursos. Rapidamente o placar mostrou 9/3.
As duas duplas conseguiram virar bolas na sequência, com a diferença no marcador se mantendo elástica em favor do Brasil. Duda e Ana se alternavam nas viradas com repertório vasto, alternando entre força e jeito, entre diagonais e paralelas, bolas curtas e longas. Numa bola de primeira de Duda ficou claro que as letãs estavam atordoadas, incrédulas. A torcida brasileira na Arena Torre Eiffel acreditava plenamente no que via: no saque rival na rede, 21/10 no placar em apenas 33 minutos. Era baile e vaga na semifinal feminina garantida.
Fonte: COB
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