Instituto realiza triagem de pacientes com Autismo e TDAH para atendimento social

A cada 36 crianças de oito anos, uma tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pesquisa realizada no ano de 2020 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doença (CDC) aponta crescimento de 9,1% no diagnóstico em comparação com dados de 2018, quando a prevalência era de um a cada 54 pacientes. Como forma de assegurar no diagnóstico e suporte para neuroatípicos e suas famílias, o Instituto de Desenvolvimento do Ser Humano (IDSH) realiza nos meses de atendimento especializado com foco no público infanto-juvenil.

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A fundadora do IDSH conta que o instituto nasceu ao perceber a carência de suporte psicológico para estudantes neuroatípicos quando trabalhava em escolas na capital baiana. “Eu via alunos com grande potencial se perderem por dificuldades de foco ou socialização”, conta Dulce Almeida, que é fundadora do IDSH.

A especialista explica que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também vem sendo observado entre crianças e adolescentes brasileiros. Segundo Christina Hajaj Gonzalez, representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), a prevalência da deficiência nestes públicos é de 1,8% e 5,8%. Durante a ação social, o TDAH poderá ser diagnosticado e acompanhado pelos profissionais de saúde especializados no assunto. Além do atendimento psicológico e de suporte educacional, o IDSH também proporcionará, em parceria com um escritório especializado de advocacia, orientação às famílias sobre os direitos e benefícios assegurados a este público.

A dificuldade de diagnóstico é o primeiro grande empecilho para as famílias que não são assistidas com um plano de saúde privado. Atendimento especializado é outra grande barreira enfrentada, especialmente na rede pública. “Quando a família recebe a notícia de que o filho tem autismo é um grande choque. No primeiro momento existe o luto. Como especialistas, compreendemos a dor enfrentada, sabemos a importância do acolhimento, com uma escuta sensível e humanizada”, destaca a neuropsicopedagoga.

A dona de casa Elisângela Lira precisou parar de trabalhar para se dedicar aos cuidados co filho Noah, 4 anos. “Ele não tem muita atenção nas coisas, é agitado até para dormir não aceita o não, não tem noção de perigo e está muito agressivo”, relata a mãe que foi direcionada pela escola para o atendimento no IDSH. “Fui em busca de ajuda. Lá encontrei apoio e atendimento no valor acessível. Em breve, Noah iniciará as avaliações para saber qual é o seu diagnóstico”, conta aliviada.

Já a cabelereira e manicure Daiane Silva diz estar enfrentando dificuldades para manter o tratamento. “É muito difícil encontrar locais com preços que não pesem no bolso. Estou com muita esperança de que o IDSH vai conseguir me ajudar”, declara a mãe de Josué Henrique, 4 anos.