É gripe?

HEC registra aumento de 50% das doenças respiratórias; pediatra da dicas de prevenção

Até o momento, aproximadamente 16 mil crianças foram diagnosticadas com alguma das doenças mais comuns nesta época do ano.

porta de hospital HEC hospital estadual da criança
Foto: Divulgação

O Hospital Estadual da Criança (HEC) registrou neste ano um aumento de 50% dos casos de doenças sazonais do período de outono e inverno, como gripe, bronquiolite e pneumonia, em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, aproximadamente 16 mil crianças foram diagnosticadas com algumas destas doenças.

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Em entrevista ao Acorda Cidade, o infectologista pediatra Igo Araújo explicou que doenças sazonais são doenças comuns em certos períodos do ano. “Vão ter algumas doenças que são muito comuns nas épocas de outono e inverno, como a gripe, já durante o verão e a primavera normalmente as gastroenterites e infecções de pele são as doenças sazonais do período”.

Igor Araújo, Médico infecto-pediatra
Igo Araújo, médico infecto pediatra | Foto: Ney Silva

A gripe é considerada uma doença sazonal comum nos períodos de outono e inverno por conta da queda das temperaturas. Os dias costumam ser frios nesta época do ano, o que faz com que crianças fiquem mais próximas, na tentativa de se aquecer, atitude que contribui com a disseminação do vírus transmissor da doença. Entretanto, o infectologista lembrou que a gripe tem forte incidência em outros grupos.

“O maior foco costuma está nos extremos. Tanto a criancinha, que não consegue se defender, quanto o idoso são os que a gente mais vê. Tanto em números de hospitalização, quanto em acometimento. E quando eu digo criança, me refiro sempre às menores de 5 anos. Elas tendem a ter facilidade, tanto de ter sintomas quanto de desenvolver a doença”.

Sintomas

O alto número de crianças diagnosticadas com alguma doença sazonal do verão em Feira de Santana pode estar ligado à localização geográfica da cidade. Feira de Santana tem, mais frequentemente no outono e no inverno, uma mudança abrupta da amplitude térmica, capacidade que um local tem de sair de uma temperatura alta para baixa ou vice-versa. Nestes momentos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado é fundamental. O pediatra recomenda que os pais fiquem atentos aos sintomas.

“Toda vez que eu estou pensando em uma criança com sintoma gripal, normalmente eu vou ter um nariz escorrendo, uma tosse, pode ter espirros. Essa tosse pode ser seca ou pode ser catarral. Tem a tosse ladrante, que parece um cachorro tossindo. Então, eu estou abrindo o leque de infecções possíveis. A bronquiolite, a gripe, a pneumonia, sinusite, otite, todas essas vão ter algumas características específicas”, destacou Igo, sinalizando que na grande maioria dos diagnósticos a febre é um sintoma recorrente.

Prevenção

Há um consenso médico de que estas doenças sempre vão surgir da parte respiratória. Começando pela região nasofaringe, que compreende nariz e boca, evoluindo para um quadro mais grave como de otite, indo até o ouvido da criança ou indo para o pulmão, causando um tipo de infecção respiratória mais grave, como a pneumonia. Igo Araújo falou sobre as formas de prevenção.

“A maior prevenção que a gente tem são as vacinas. Eu estou falando de vacina de Covid, vacina de influenza, é a maior prevenção que a gente pode fazer, é o melhor tratamento. Evitar o contato com pessoas doentes também. Durante a pandemia, a gente viu o uso da máscara. E toda vez que tiver alguém gripado, o ideal é que essa pessoa utilize máscara”, disse o médico ao Acorda Cidade.

Alerta

Além do combate à dengue, pois o período chuvoso favorece a proliferação do mosquito transmissor, o médico reafirmou a importância do combate à Covid. “A Covid e gripe, são os vírus que mais causam agressividade no nosso meio pediátrico. Hoje, no Brasil, mais ou menos a cada quatro dias, 3 crianças morrem por Covid. Então, aquele pai que ainda acredita em historinha de conto de fada de que a vacina de Covid está ultrapassada, é melhor a gente repensar e não querer que nossos filhos façam parte das estatísticas”, finalizou o médico.

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