Bahia

Salvador: agentes de limpeza retomam atividades após operação em que policiais utilizaram farda da limpurb

A ação ocorreu na última sexta (26) na Praia de Cantagalo, na Calçada, e resultou na prisão de oito suspeitos e na apreensão de drogas.

operação policial limpurb na praia
Foto: Divulgação

Agentes de limpeza retornaram neste domingo (28) às atividades na região da Cidade Baixa, em Salvador. Os profissionais suspenderam os serviços no último sábado (27) por medo de represálias após policiais usarem, sem autorização, uniformes da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb) durante uma operação.

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A ação policial ocorreu na última sexta (26) na Praia de Cantagalo, no bairro da Calçada, e resultou na prisão de oito suspeitos e na apreensão de drogas. O material estava enterrado na areia e foi encontrado com a ajuda de um cão farejador.

Segundo a prefeitura, alguns agentes de limpeza relataram que sofreram ameaças após a operação. Ainda segundo a prefeitura, a ação causou transtornos para os serviços de limpeza da cidade, porque dificultou a entrada de caminhões em algumas localidades.

O que diz a PM

A Polícia Militar (PM) informou através das redes sociais que apura com o comando da 16ª Companhia Independente (CIPM/Comércio) as circunstâncias da operação e que adotou todas as “medidas necessárias” para garantir a prestação dos serviços públicos.

O sindicato

A direção do SindilimpBA, sindicato que representa a categoria, emitiu uma nota de repúdio contra uma ação policial que utilizou o fardamento dos garis em Salvador. Segundo Ana Angélica Rabello, coordenadora-geral do sindicato, a Secretaria Estadual de Segurança Pública deverá informar como os policias conseguiram o fardamento.

“SindilimpBA está consternado e indignado. Como vai diferenciar quem é gari ou policial? Como assim? Quem está varrendo a rua é um gari ou um policial? A gente precisa de resposta. A ação aconteceu no Cantagalo. Somos a favor das operações, mas não usando farda de gari”.

O sindicato também contestou porque a polícia usou outra farda. “Tem que ser dos garis, que já são tão menosprezados pela sociedade. A nossa categoria exige respostas e vamos levar a fundo. Pedir ao Ministério Público do Trabalho que entre com uma investigação para saber de onde surgiu esta farda”, finalizou Angélica.

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