A Prefeitura de Feira de Santana deflagrou uma operação na quinta-feira (25) em um pátio com carcaças de veículos apreendidos e, de uso do governo do estado, no bairro Alto do Cruzeiro, próximo da antiga Cesta do Povo. A ação atendeu denúncias de moradores que apontaram os riscos de potenciais criadouros do mosquito Aedes Aegypti.
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A iniciativa envolveu as secretarias municipais de Serviços Públicos, Desenvolvimento Social, Saúde, Meio Ambiente, Prevenção à Violência por meio da Guarda Municipal e Superintendência de Trânsito (SMT).
De acordo com o secretário interino de Serviços Públicos, Denilton Brito, a intenção era retirar todos os veículos do local e fazer uma limpeza completa. Contudo, foi identificado que os veículos possuem Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) ativo, código que constata a autenticidade de automóveis.
Desta forma, Denilton Brito informou que a pasta vai encaminhar um relatório para o Governo de Estado por se tratar de uma área de ente federativo. Outra situação envolvendo o local ocorreu em janeiro deste ano, quando o Governo Municipal precisou demolir o muro que estava comprometido durante o período de intensas chuvas, situação também notificada ao governador Jerônimo Rodrigues.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o coordenador da 3ª Ciretran, Joelton Vieira, destacou que todos os veículos são de responsabilidade do governo do estado e, por este motivo, a prefeitura não pode realizar nenhum tipo de remoção do local.
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“A prefeitura divulgou que é uma operação para recolher veículos abandonados, só que aqui é uma área do Detran, ou seja, do estado, e que estão acondicionados aqui, os veículos pertencentes a algumas secretarias do estado, inclusive veículos da Polícia Civil, ou seja, são veículos que não foram dados destino final, pelo fato da maioria aqui serem veículos apreendidos. Então quem tem que resolver o que vai se fazer aqui, é a polícia e a justiça. Se pudesse ter dado fim nesses veículos, a Polícia Civil já teria já teria feito isso. Então não é o caso da prefeitura chegar no terreno do estado e achar que vai pegar algum veículo aqui e poder dar fim ou levar ou danificar, não pode”, declarou.
Com relação ao muro que a prefeitura precisou demolir, o coordenador também informou que o já está sendo feita a reconstrução.
“A Prefeitura esteve aqui, demoliu uma parte do muro, mas o estado já está reconstruindo. Eu estive aqui ontem à tarde fiscalizando a obra, tinham 11 funcionários da empresa fazendo o serviço do muro. Eu acredito que em duas ou três semanas seja concluído. Colocamos esses veículos aqui agora, provisoriamente, enquanto está sendo decidido o que a justiça e a Polícia Civil vai fazer. A maioria dos veículos aqui estão queimados e, nós temos, quando eu digo nós, porque eu sou investigador da Polícia Civil, estou cedido ao Detran, nós temos uma operação hoje denominada ‘Operação DEIC’, que é da Delegacia de Repressão à Furtos e Roubos, e que é diuturnamente tem feito patrulhas na área da EBAL, e além disso, contamos também com o apoio da Polícia Militar, que constantemente recebemos diversas fotos de viaturas aqui da PM dando apoio, então isso aqui não é uma área abandonada como a prefeitura está querendo dizer, é uma área que está servindo de depósito provisório de veículos apreendidos”, concluiu.
Com informações da Secretaria de Comunicação Social e do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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