Nesta quinta-feira (25), comemora-se o Dia do Escritor. Em Feira de Santana, a editora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) lança anualmente cerca de 40 livros. Segundo Murilo Campos, diretor da editora em operação há 22 anos, são publicadas obras de professores, servidores e ex-alunos de mestrado e doutorado da instituição, com um período de dispensa de até 5 anos.
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“São 22 anos nessa caminhada e a editora foi formada para formalizar os processos de produção da universidade, que já publicava livros, mas de forma independente e não muito organizada. Hoje a editora realiza publicações de toda área acadêmica, mas também produzindo literatura infantil, contos, romances, então a editora tem ampliado suas publicações. Hoje ainda temos uma trava, pois a pessoa tem que ter vínculo com a universidade para fazer a publicação, mas a gente já está trabalhando com a abertura de alguns editais que possam contemplar toda a comunidade feirense e também de cidades circunvizinhas”, afirmou.
De acordo com Murilo Campos, atualmente, a editora publica textos originais, textos organizados, seja de forma coletiva ou autoral, que venha dentro do normativo que a editora trabalha, como as questões das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e organizações que o mercado acadêmico proporciona. Toda publicação é paga com os recursos que a universidade disponibiliza para a editora. Ele explicou como funciona o processo.
“O livro é enviado para avaliação aqui na editora, que encaminha para avaliadores externos e após a aprovação por essa comissão, a gente faz todo o processo de editoração. Após impressão, o livro é lançado aqui na universidade. Isso tem levado uma média de 90 a 180 dias”, informou Murilo ao Acorda Cidade.
O diretor comentou ainda sobre a importância da editora não só para a comunidade acadêmica, mas para a cidade de Feira de Santana. Ele destaca que a editora não fomenta apenas a ciência, mas também história e memória.
“A editora publica o que é pesquisado, o que é estudado aqui na universidade, então isso formaliza essa pesquisa. O livro é um atestado de nascimento do que é estudado e produzido aqui. Então a editora tem esse papel de dar vazão ao que a universidade trabalha no seu dia a dia e também formalizar coisas importantes para nossa memória. Então a editora tem esse papel de ser um centro de encontro de escritores e pesquisadores”, declarou.
Desafios
Murilo Campos fala ainda sobre os desafios. Segundo ele, trabalhar com livros é o maior de todos.
“Fazer livros no Brasil ainda é um grande desafio, pois os custos são elevados, temos uma política educacional que precisa melhorar muito. Mas a gente tem participado de grandes eventos, participamos de campanhas, fazemos doação de livros. Tivemos um livro finalista do prêmio Jabuti Acadêmico, que para gente é de grande importância, e a editora tem se destacado, tem sido um ponto de referência com participação em alguns eventos, inclusive internacionais”, destacou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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