Feira de Santana

Prédio abandonado no bairro Santa Mônica pode conter focos do mosquito da dengue; alertam moradores

O local abrigava uma subdelegacia da Justiça do Trabalho e fica ao lado da Escola Municipal Maria Antônia Costa.

antiga subdelegacia da Justiça do Trabalho
Prédio abandonado, antiga subdelegacia da Justiça do Trabalho | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Em uma residência de Feira de Santana, três adultos e uma criança, de apenas quatro anos, contraíram dengue neste ano. A família mora na Rua Bruxelas, localizada no bairro Santa Mônica. Para os moradores da casa, um prédio abandonado próximo à residência, pode estar servindo como criadouro para o mosquito transmissor da doença. O local abrigava uma subdelegacia da Justiça do Trabalho e fica ao lado da Escola Municipal Maria Antônia Costa.

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“Esse prédio já tem um bom tempo assim, abandonado. Inclusive já saiu reportagens dele em jornais de Feira de Santana e de Salvador, mas está aí ainda. O local também está servindo como esconderijo para pessoas de má índole. Servidores da prefeitura até vêm limpar a escola, mas o prédio fica do mesmo jeito. A gente está achando que o foco de dengue pode estar lá, nesse local que tem lixo, tem vários recipientes que podem estar com água aí dentro”, declarou Geraldo Mendes, um dos moradores da casa.

antiga subdelegacia da Justiça do Trabalho
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Em dezembro de 2023 moradores já tinham reclamado da situação de abandono do prédio que abrigava uma subdelegacia da Justiça do Trabalho. A presença de lixo e a alta vegetação no local podem estar servindo como ambiente favorável para a multiplicação dos mosquitos. Geraldo Mendes detalhou a situação dos familiares diagnosticados com dengue.

antiga subdelegacia da Justiça do Trabalho
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Minha esposa, minha cunhada, meu sogro e meu sobrinho ficaram doentes. Aqui só eu e minha sogra que não contraímos. Todos estão curados, só meu sogro que ainda está se recuperando. Minha esposa e meu sobrinho ficaram internados por causa da doença. Minha esposa sentiu muitas dores, as plaquetas estavam baixas e ficou internada quatro dias”, informou.

antiga subdelegacia da Justiça do Trabalho
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Apesar do número de contaminados em uma mesma residência e o local abandonado estar ao lado de uma escola de ensino fundamental, Geraldo afirmou que a área não está recebendo atenção da equipe de Vigilância Epidemiológica municipal.

“A gente tentou entrar em contato com a prefeitura, porque aqui não está passando o fumacê e nem aquele povo da dengue que passa de casa em casa. A gente tentou entrar em contato e eles falaram que aqui só passaria o fumacê. Mas até então, desde o dia que entramos em contato, já tem mais de oito dias, nada de fumacê”, finalizou Geraldo.

O que diz a Secretaria Municipal de Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que já colocou essa rua na programação para o serviço com o drone, mas destaca que os agentes de endemias já estiveram na rua fazendo visitas de casa em casa e nesta terça-feira (16) irão examinar o local. Somente neste ano, mais de 470 mil visitas foram realizadas nas residências feirenses.

A SMS também enfatiza que no início deste mês, a Prefeitura de Feira adquiriu quatro motos CG 160 e um drone Agras T10 para utilização do fumacê, por meio de contrato para prestação do serviço. Os veículos são destinados aos locais com maiores números de confirmados de dengue e o drone tem como objetivo alcançar áreas como terrenos baldios, lajes e locais que sejam depósitos de água parada e larvas.

A SMS orienta que as pessoas com sintomas característicos da doença procurem as unidades de saúde para que a notificação seja feita, pois essas informações é que vão direcionar as ações da Vigilância Epidemiológica. Ainda é válido destacar que durante a visita no imóvel, o agente verifica se há focos e aplica o larvicida. A limpeza do ambiente é de responsabilidade do proprietário.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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