Saúde

Sesab realiza evento para marcar 20 anos da cobertura do Samu na Bahia

A Bahia iniciou a implantação do Samu 192 no ano de 2004, contemplando os seis municípios, inclusive, Feira de Santana.

Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA

Ao chegar aos 20 anos de funcionamento na Bahia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) já cobre 90% da população baiana. São equipes que utilizam 68 unidades de suporte avançado (UTI Móvel), 328 unidades de suporte básico, duas lanchas e 22 motocicletas que prestam atendimento pré-hospitalar a vítimas acometidas por agravos de natureza clínica, traumatológica, psiquiátrica, obstétrica ou cirúrgica. O serviço é acessado pelo número 192, em todo território nacional e o acionamento das unidades móveis é viabilizado por uma Central de Regulação das Urgências (CRU).

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Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA

Para marcar as duas décadas do Samu 192 na Bahia, a Secretária da Saúde do Estado (Sesab), por meio da Coordenação de Urgência, realiza na sexta-feira (12) o encontro estadual do Samu 192 – 20 anos do Samu no estado da Bahia. Durante o evento, profissionais que atuam no serviço, discutiram temas como perspectivas para o Samu no Brasil, processos regulatórios no atendimento às urgências do Samu 192 e atuação do enfermeiro na central de regulação do Samu 192.

Durante a abertura do evento, o subsecretário da Saúde do Estado, Paulo Barbosa, pontuou que a intenção é que o Samu 192 chegue a 100% dos baianos. “É um serviço que faz muita diferença, que tem sido referência para a saúde pública no Estado, prestando atendimentos de urgência e ajudando a salvar vidas. O nosso trabalho será para que 100% dos municípios tenham Samu 192”, afirmou.

Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA

De acordo com o coordenador-geral de Urgência do Ministério da Saúde, Felipe Roque, um dos desafios que o Ministério quer superar é o da universalização do Samu. “Temos toda atenção e dedicação para que a gente melhore toda rede de atenção às urgências”, disse. Ele ainda ressaltou que toda a experiência adquirida ao longo dos 20 anos servem para aprendizado para qualificar cada vez mais o serviço.

20 anos de assistência

A Bahia iniciou a implantação do Samu 192 no ano de 2004, contemplando os municípios de Vitória da Conquista, Itabuna, Jequié, Eunápolis, Juazeiro e Feira de Santana, todos com CRU. Em 2005, houve a inauguração do serviço em Salvador, Alagoinhas e Camaçari e, mais adiante, em Ilhéus (2006) e Porto Seguro (2007). Ao final desse triênio, o Samu 192 na Bahia operava com o total de 11 CRU, 70 unidades móveis e 45 motocicletas, totalizando uma cobertura populacional de 37,93%.

Em 2008, o governo federal impulsionou a regionalização do Samu, com o objetivo de aumentar a cobertura do serviço. Neste período, foram inauguradas as sedes de CRU em Senhor do Bonfim, Paulo Afonso, Bom Jesus da Lapa/Santa Maria da Vitória e Guanambi. Em 2010, ainda sob o reflexo da regionalização, foram inauguradas CRU em Barreiras/Ibotirama, Brumado, Teixeira de Freitas, somadas às bases descentralizadas em mais 26 municípios do Estado.

Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA

Após o ano de 2011, o Samu 192 no Estado foi se consolidando através da ampliação e expansão da cobertura em diversas Regiões, sendo inauguradas as CRU de Santo Antônio de Jesus/Cruz das Almas (2011) e Irecê/Jacobina (2013). Houve também a regionalização do Samu de Vitória da Conquista passando a contemplar a região de saúde de Itapetinga (2011) e a regionalização do Samu de Ilhéus, agregando a região de saúde de Valença (2014). Mais recentemente foi inaugurada a CRU de Serrinha (2020), somada à expansão da cobertura do SAMU Regional de Alagoinhas que incluiu a Região de Saúde de Ribeira do Pombal (2023).

Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA

A enfermeira Carina Figueredo é uma das profissionais que faz parte da história do Samu 192. Atuando há dez anos no serviço em Lauro de Freitas, ela conta que sente que, junto com a equipe, consegue fazer diferença na assistência. “Recordo de um resgate que fizemos de vítimas de um acidente de um ônibus que colidiu em um poste. Se não fosse o trabalho pré-hospitalar bem feito, perderíamos muitas vidas”, disse.

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