Delegação Baiana Olímpica já está definida para os Jogos Paris 2024

Com duas semanas para o início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a delegação baiana já está definida. Opa! Era para ser delegação brasileira. Mas, se bem que falar baiana não está errado, já que a Bahia conquistou quatro medalhas de ouro e uma de prata de todas as 21 brasileiras trazidas pelo Brasil em Tóquio 2020. Inclusive, neste ano, serão quatro atletas a mais (15 ao todo) para seguir o legado olímpico que o estado representa no mundo.

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Se fosse um país, na Olimpíada de 2020, a Bahia seria a segunda colocada no quadro de medalhas entre os países sul-americanos, atrás apenas do Brasil, e a quinta das Américas. Em relação ao mundo, estaria na 21ª colocação. Esse é o tema da primeira de uma série de reportagens da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), sobre a força baiana nas Olimpíadas de Paris 2024.

A expectativa para este ano é ainda maior, já que o número de baianos aumentou, especialmente em modalidades de destaque do estado nos últimos anos, como o boxe, a canoagem e a natação, além de nomes importantes no ciclismo BMX e MTB mundial, segundo Vicente Neto, diretor-geral da Sudesb.

“A Bahia tem tudo para manter seu nome como celeiro de atletas olímpicos medalhistas. Apesar de menos atletas em relação às outras unidades federativas, nós temos muita representatividade no cenário nacional e mundial. Isso é fruto de um incentivo massivo do Governo do Estado nos últimos anos com o esporte, desde a iniciação até o alto rendimento. O resultado está aí, podendo melhorar com ainda mais nomes no boxe, na canoagem e nas demais modalidades”, conclui Vicente.

Medalhistas

Dos 15 baianos confirmados no congraçamento esportivo e cultural mundial, que acontecerá entre os dias 26 de julho e 11 de agosto em solos franceses, alguns medalhistas olímpicos estão de volta na busca de mais medalha. Deste total, 11 já receberam apoio do Governo do Estado, por meio da Sudesb, com o Bolsa Esporte, o FazAtleta ou a concessão de passagens aéreas ou terrestres.

Boxe

Modalidade que já teve grandes nomes e medalhistas olímpicos baianos e um passado de referência em Salvador, onde está localizado o Centro de Boxe e Artes Marciais da Bahia, o boxe continua como uma das principais esperanças de medalha para o Brasil. Dos 10 pugilistas da delegação brasileira, metade é da Bahia.

Bárbara Santos (66 kg), Beatriz Ferreira (60 kg), Keno Marley (92 kg) e Tatiana Chagas (54 kg) foram contemplados no último edital do Bolsa Esporte (2021). Além disso, todos eles também receberam passagens aéreas da Sudesb para competições em território nacional e internacional de acordo com a Federação de Boxe Olímpico e Profissional do Estado da Bahia (Boxebahia).

No último ciclo olímpico, Beatriz e Keno, ao lado de Hebert Conceição, eram grandes esperanças de medalhas em Tóquio 2020. Beatriz, medalhista de prata, e Hebert, medalhista de ouro, confirmaram as expectativas, enquanto Keno chegou às quartas de final. Wanderley Pereira (80 kg) completa a equipe que entra nos ringues entre os dias 27 de julho e 10 de agosto, na Arena Paris Norte.

Bolsa Esporte e FazAtleta

O último edital do Bolsa Esporte, além dos quatro atletas do boxe, foi responsável por apoiar mais cinco atletas que estarão em Paris 2024: Jacky Godmann e Valdenice Conceição, da canoagem; Paola Reis e Ulan Galinski, do ciclismo; e Guilherme Caribé, da natação. Já o FazAtleta foi em cinco editais contemplados por Paola e em 2022 por Caribé. Ao todo, o investimento do Governo do Estado nos editais para eles foi de R$ 318,4 mil.

No ciclismo, Paola, do BMX, e Ulan, do mountain bike, são dois nomes fortes no cenário nacional e internacional que vão estrear nas Olimpíadas. Natural do Capão, na Chapada Diamantina, Ulan é o atual campeão brasileiro da sua categoria e conseguiu a vaga pelo ranking de nações, como primeiro. Ele vai competir entre os dias 27 e 28 de julho.