Feira de Santana

Posto da Polícia Civil no HGCA é inaugurado; integrantes da Segurança Pública e da Saúde participam de solenidade

O novo equipamento vai possibilitar a integração dos sistemas do governo para fortalecer o registro de ocorrências pela Civil.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A inauguração do Posto Especial da Polícia Civil no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, contou com a participação de profissionais das áreas da Saúde e da Segurança Pública na manhã desta quinta-feira (11). O novo equipamento vai possibilitar a integração dos sistemas do governo para fortalecer o registro de ocorrências pela Polícia Civil e ampliar a transparência das investigações para a geração de políticas públicas no estado.

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O evento contou com a participação de secretários estaduais, do coordenador da 1ª Coorpin, o delegado Yves Correia, do coronel PM Antônio Lopes, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL) da diretora do HGCA, Cristiana França, entre outras autoridades públicas.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Roberta Santana, secretária estadual de saúde, participou da inauguração e conversou com o Acorda Cidade sobre a integração das áreas para beneficiar o trabalho da polícia, mas também da segurança de toda a comunidade do hospital. O posto vai funcionar 24h por dia.

“Primeiro é a integração entre a saúde e a segurança, a proteção e o cuidado às pessoas. No segundo momento é a gente permitir a celeridade da informação dos registros e as ocorrências hospitalares em decorrência de crimes e a presença da Polícia Civil aqui dentro para que dê celeridade, garanta a fidelidade dos dados, também dos registros que estão sendo feito nos prontuários, para que a gente possa ajudar nas investigações. Então sobretudo essa integração aqui permite, não só na perspectiva de dar a informação mais fiel e ajudar no processo de investigação, mas também garante a unidade hospitalar a integração, a possibilidade de um ambiente seguro e saudável, porque a gente tem a Polícia Civil aqui dentro, segurança dos pacientes, segurança dos acompanhantes e também para os profissionais de saúde que aqui atuam”, relatou a secretária.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Roberta Santana | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Roberta salientou que na última segunda-feira (8), realizou uma reunião do Comitê de Governança da Bahia Pela Paz, conduzida pelo governador Jerônimo Rodrigues com a presença da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadores, Ministério Público para apresentar os dados da segurança no estado. 

“A gente quer trabalhar com transparência. A Bahia Pela Paz também traz isso e o que a gente espera da imprensa é que se junte a nós nesse esforço conjunto de mostrar também todos os avanços que nós temos feito no sentido de melhorar a segurança no nosso estado”, afirmou.

Roberta também pontuou o quanto os acidentes, mais precisamente na região de Feira de Santana, tem aumentado a fila de regulação do estado. Por diversas vezes, foi mostrado no Acorda Cidade, o alto número de sinistros com motociclistas que dão entrada no HGCA e que necessitam de um atendimento de alta complexidade. Tudo isso, alinhado às síndromes respiratórias do período pós-São João, tem alertado a Sesab para ampliar a infraestrutura de UPAs e hospitais.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Foram abertos mais de 2.200 leitos. Um trabalho de fortalecimento nas feiras de saúde, no fortalecimento da atenção primária para trabalhar na prevenção, que tem acontecido, e a gente tem acompanhado isso muito forte. A gente precisa trabalhar na parte de prevenção e fortalecimento da atenção primária”, relatou.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada geral da Polícia Civil do estado, Heloísa Campos de Brito, explicou sobre as mudanças que devem ocorrer com o novo posto policial e o objetivo geral de trabalho.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Heloísa Brito | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Ele propicia para Polícia Civil estar mais próxima das ocorrências delituosas, aquelas que envolvem algum atentado contra a vida, contra a dignidade humana, não só dos crimes contra a vida, mas a questão dos crimes sexuais também. Nosso objetivo é colher informações, solicitar perícias, fazer o encaminhamento das pessoas para serem ouvidas, um trabalho muito específico, essa junta do trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil com certeza vai trazer mais benefícios para sociedade de Feira”, comentou.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O trabalho da Civil deve atender não apenas Feira de Santana, mas deve abranger as 35 cidades que fazem parte da cobertura dada pelo HGCA. Trabalhando 24h/72h, cinco policiais vão atuar no posto intercalando os horários.

“O policial além de ter acesso ao seu posto de trabalho, com o sistema que utilizamos nas delegacias, que é o procedimento policial eletrônico, ele tem também um alojamento onde ele vai ter um banheiro privativo e um local que ele possa descansar se for necessário. A gente vai ter um policial trabalhando em um plantão de 24 horas, se for necessário, a depender da demanda a gente pode estudar de colocar outro servidor também”, disse.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Além disso, a secretária Roberta também falou sobre a diferença no trabalho das polícias Civil e Militar. No HGCA já possuía um posto da PM e agora, com o da Polícia Civil, o serviço integrado de segurança só deve aumentar para ambas as áreas.

“A gente tem estratégias, por isso que existem duas esferas, duas corporações porque elas têm propostas diferentes. Aqui a gente está falando de investigação de crimes e acesso a registros. Então basicamente todo apoio jurídico e judicial vai ser feito aqui com a Polícia Civil. A Polícia Militar tem outro propósito e que também é bem-vinda dentro das nossas unidades hospitalares, um grande parceiro, os comandantes principalmente na segurança das regiões de saúde onde estão nossas unidades hospitalares, porque a gente sabe do desafio quando a pessoa chega desesperada por acesso à saúde, ela pode ficar agressiva e tem todo esse apoio não só na nossa segurança”, destacou.

Sobre o mesmo assunto, Heloísa também reforçou que o trabalho da PM deve continuar em parceria com a Civil.

“A Polícia Militar é responsável pela repressão qualificada, então ela faz não só a questão da segurança externa do hospital, mas o próprio apoio para as ocorrências que chegam, às vezes é necessário em razão do desespero, da dor dos familiares em intervir no sentido de fazer algum tipo de contenção ou até se for uma situação que eles percebam que é esse trato de uma situação de flagrante delito, encaminhar também para nossas delegacias”, reforçou.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ao Acorda Cidade, o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, destacou a importância de se implementar um posto policial da Civil no HGCA, que é o maior hospital do interior do estado e trazer essa integração sistêmica do governo do estado.

“Hoje a gente instaura um posto da Polícia Civil aqui no hospital, que é o maior hospital do interior do estado fora das unidades que nós temos, um volume que condiz com a grande região metropolitana de Feira de Santana e que precisava em razão disso de um atendimento também diferenciado da Polícia Civil. Esse posto vai ajudar no atendimento e na obtenção das informações que ajudam nas investigações. Vocês sabem que está com uma redução aqui de quase 20% em relação a mortes violentas intencionais, em relação ao mesmo período do ano passado”, declarou o secretário.

Posto da Polícia Civil no HGCA
Marcelo Werner | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Marcelo também destacou o serviço de coleta de dados e registro que o novo equipamento deve ampliar em toda a região através do HGCA. Esses dados são importantes, inclusive, para a promoção de novas políticas públicas.

“Quando chega alguém, seja em relação de violência intencional, vítima de arma de fogo, por exemplo, ali começa o trabalho de perícia, de investigação. Então a gente tem que fortalecer esse trabalho, estando próximo à atividade de saúde que faz esse primeiro atendimento, mas não só na faixa de morte e violências, mas também destaca muito na questão de uma criança que seja vítima de qualquer deleito, violência sexual, pode ser que não seja reportado isso até mesmo pela família ou por qualquer pessoa junto à delegacia. E a partir daí, com aquele acompanhamento do corpo médico, com acompanhamento do policial no local, a gente vai conseguir fazer outras autuações, desdobrando aquela ocorrência de natureza hospitalar, em natureza policial”, explicou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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