Os olhos são uma das partes mais sensíveis do corpo humano e qualquer alteração na visão causa impacto na qualidade devida e pode ser um indicativo de problemas de saúde ocular.
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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 285 milhões de pessoas estão visualmente prejudicadas no mundo, dos quais, entre 60% a 80% dos casos podem ser evitados e tratados.
“Muitas doenças oculares são silenciosas em fases iniciais, por isso, adotar uma postura preventiva, com consultas regulares ao oftalmologista é primordial para manter a saúde ocular ao longo da vida e evitar quadros que podem evoluir para cegueira”, destaca Daniella Fairbanks, oftalmologista do Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or, em São Paulo.
O alerta da especialista acontece no mês em que é celebrado o Dia da Saúde Ocular (10/7), data que tem como objetivo alertar para a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares.
“Os sinais de alerta podem ser variados, por isso, é essencial procurar ajuda médica precocemente, ao notar qualquer alteração”, alerta Daniella.
Confira abaixo alguns dos principais sintomas e sinais de alerta:
- Visão embaçada ou turva: um dos sintomas mais comuns de problemas oculares é a visão embaçada. “Essa condição pode indicar a presença de várias doenças, como catarata, glaucoma ou retinopatia diabética. A visão turva pode também ser um sinal de necessidade de óculos ou lentes corretivas”, explica a oftalmologista.
- Dores nos olhos: a dor ocular pode ser causada por diversas razões, incluindo infecções, lesões, glaucoma agudo, ou até mesmo olhos secos. Qualquer dor persistente ou severa deve ser avaliada por um oftalmologista.
- Vermelhidão e irritação: olhos vermelhos pode ser resultado de conjuntivite, blefarite ou outras infecções oculares. A vermelhidão acompanhada de dor, secreção ou alterações na visão deve ser investigada imediatamente.
- Sensibilidade à luz (fotofobia): a sensibilidade excessiva à luz pode ser um sintoma de várias condições, incluindo inflamações e infecções oculares, doenças da córnea e uveitis. “Casos de fotofobia que surgem repentinamente ou se intensificam com o tempo precisam ser avaliados e investigados por um especialista”, orienta a médica.
- Visão de halos ao redor de luzes: pode indicar catarata, glaucoma ou edema na córnea.
- Flashes de luz e moscas volantes: flashes de luz e a presença de “moscas volantes” no campo de visão podem ser sinais de descolamento de vítreo ou de retina, esse último é uma condição que requer atendimento médico urgente para evitar a perda de visão.
- Perda de visão periférica: quando acontece de forma gradual, é um sintoma clássico do glaucoma, porém quando ocorre de forma aguda, pode ser indicativo de descolamento de retina. “No glaucoma as pessoas não percebem essa perda periférica da visão até que a doença esteja em estágio avançado, tornando os exames regulares essenciais para que o tratamento seja realizado a tempo e a visão preservada”, alerta Daniella.
- Dificuldade para enxergar à noite: problemas com a visão noturna podem ser indicativos de deficiência de vitamina A, catarata ou retinose pigmentar. A dificuldade para enxergar em condições de pouca luz deve ser avaliada.
- Secreção ocular: a presença de secreção pode indicar uma infecções virais ou bacterianas como conjuntivite. Qualquer secreção incomum deve ser examinada por um profissional de saúde ocular.
- Mudanças súbitas na visão: qualquer mudança súbita na visão, como visão dupla, perda de visão em um ou ambos os olhos, deve ser tratada como uma emergência médica. Pode ser sinal de problemas sistêmicos graves, como distúrbios neurológicos (por exemplo, Acidente Vascular Cerebral e descontrole de diabetes), ou problemas específicos nos olhos, como um descolamento de retina.
Vale destacar que alguns sintomas e alterações na visão podem estar relacionados com outras questões de saúde, além da ocular, por isso, é fundamental realizar uma avaliação com especialista para investigação e tratamento.
“Doenças crônicas, como por exemplo, diabetes, podem afetar a saúde dos olhos e causar cegueira. Por isso, é fundamental que o paciente que já possui alguma comorbidade faça o acompanhamento regular e opte por hábitos de vida mais saudáveis”, complementa Daniella.
Adotar algumas ações simples no cotidiano também pode auxiliar a saúde ocular, como por exemplo: retirar maquiagem dos olhos antes de dormir; fazer a correta higienização das lentes de contato; não tocar os olhos com as mãos sujas; evitar exposição direta aos raios UV; manter o grau dos óculos e lentes atualizados e de acordo com o quadro clínico; além de consultar um oftalmologista regularmente.
“A prevenção é sempre o melhor remédio! Estar atento aos sinais de alerta pode fazer toda a diferença na preservação da visão. Lembre-se de cuidar dos seus olhos e valorizar esse sentido que é tão precioso”, finaliza a especialista do São Luiz Itaim.
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