Identificado em Feira de Santana como um “amigo da cultura feirense”, devido às parcerias e incentivos direcionados a organizações, eventos e artistas locais, o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, deverá ser homenageado pelo Poder Legislativo com o título de Cidadania e a Comenda Maria Quitéria. Os projetos, concedendo as honrarias, estão em tramitação na Câmara Municipal, a pedido dos vereadores Professor Ivamberg e Silvio Dias, ambos integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT).
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Conforme destacam os parlamentares, desde que assumiu a direção da pasta cultural, as cidades baianas, produtoras de bens materiais e simbólicos, passaram a contar com a sensibilidade e presença do gestor, constantemente.
“E foi neste espaço de estreitamento profissional, atraído pela diversidade e potencial de nossa cultura, que aconteceu o encontro dele com o nosso município”, afirmam os autores da homenagem. Natural de Porto Alegre (RS), Bruno é jornalista, gestor e produtor cultural. Atualmente mora em Salvador, mas já residiu no Rio de Janeiro e em Brasília. No início de 2023, quando passou a comandar a cultura estadual, aprofundou o processo de territorialização das políticas da secretaria, segundo Ivamberg e Silvio Dias, e, a partir deste momento, “a Princesa do Sertão tem vivido os seus maiores e mais importantes momentos de agitação cultural”.
A celebração dos 190 anos de Feira (realizado no Centro de Cultura Amélio Amorim, no ano passado), a Feira Literária de Feira de Santana (Flifs), a pré-Micareta nos distritos de Humildes e Maria Quitéria e a presença mais ativa do Governo do Estado nas duas últimas Micaretas, inclusive em relação a blocos independentes de matriz africana, são apontados pelos vereadores como indicativos desta influência estatal positiva. “A relação de Bruno Monteiro, de amor e respeito por Feira, vem garantindo valorização de nossos artistas locais”, ressaltam os parlamentares.
E não escaparam da percepção do secretário, garantem os vereadores, expressões feirenses como literatura de cordel, artesanato, reggae, capoeira, samba de roda e hip hop. “Bruno percebeu, desde muito cedo, o lugar estratégico que a Princesa do Sertão ocupa no desenvolvimento social, político, econômico e cultural do Estado, sobretudo pelo potencial criativo irradiador que a cidade dispõe”, destacam.
Gestor público e ativista cultural
Em sua trajetória, Bruno Monteiro tem experiência atuando como chefe de gabinete nos Ministérios de Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres, bem como assessor Especial da Presidência da República (governo de Dilma Rousseff). Ele também coordenou o setor de comunicação do mandato do senador Jaques Wagner (de 2018 a 2022) e da campanha eleitoral do governador Jerônimo Rodrigues (2022).
Foi produtor cultural do documentário “Democracia em Vertigem”, indicado ao Oscar, e atuou na produção de artistas como Caetano Veloso. É um dos fundadores do movimento “342 Artes”, uma ação política da classe de artistas que combateu a criminalização e censura às manifestações artísticas e culturais.
À frente da Secretaria de Cultura da Bahia, é considerado como um dos que mais aprofundou a política de territorialização pelo Estado. Exerce a presidência de honra do Conselho Estadual de Cultura da Bahia e integra o Conselho Fiscal do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.
Com informações da Câmara Municipal de Feira de Santana
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