Fumo do Brasil alimenta contrabando de cigarro

Enquanto o Brasil tem sido cada dia mais afetado pelo contrabando de cigarros paraguaios, o setor vive um paradoxo: a indústria nacional está aumentando suas exportações para o país vizinho e alimentando o comércio tabagista ilegal. Um levantamento feito pelo setor mostra que o Brasil já é o maior fornecedor de fumo para o Paraguai – responde por 60% do mercado – e tem incrementado a venda de outros insumos, como cabo acetato (usado no filtro), impressos, forros e papel, segundo reportagem de Gustavo Paul publicada no GLOBO neste domingo.

Esse fato está preocupando o governo brasileiro, que desde o primeiro semestre está negociando com os paraguaios uma forma de conter o contrabando.

Na mesa de negociações, de acordo com um dos seus integrantes, o Brasil ensaia jogar duro. Primeiro, pediu que sejam legalizadas as exportações das fábricas de cigarros locais. Para isso, será preciso que elas se adaptem às exigências do Ministério da Saúde e da Agricultura brasileiros. Se as conversas não evoluírem, o governo ameaça com o aperto na fiscalização, o que pode inviabilizar parcela das empresas locais.

Poderão ser adotadas barreiras às exportações de insumos de cigarros. Neste caso, seria exigido o registro de exportação, onde devem ser informados os destinos das mercadorias e a comprovação de que elas são usadas por empresas credenciadas.

Informações do O Globo

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários