Brasil

Relator da 'taxação das blusinhas' nega ter sido convidado para ser vice em Maceió

O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) negou ter sido convidado para compor a chapa do atual prefeito de Maceió.

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. — Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Em entrevista ao J10, da GloboNews, na noite desta terça-feira (4), o relator do projeto que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), negou ter sido convidado para compor a chapa do atual prefeito de Maceió, JHC, como vice-prefeito.

De acordo com o blog da Julia Duailibi, JHC procurou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para informar que Cunha será seu candidato a vice-prefeito na eleição municipal, em outubro.

Lira não teria gostado da informação porque queria sua prima, Jó Pereira, para o cargo. Lira é a favor da taxação das compras do exterior.

O senador disse que é aliado de longa data de JHC e afirmou que seu partido deve participar ativamente das disputas eleitorais na capital alagoana. Por outro lado, disse que essa relação não teve impacto da sua decisão de retirar da proposta do Mover o trecho que prevê a retomada da taxação federal sobre importações de até US$ 50.

“Faço parte do grupo político do prefeito JHC, junto com o Podemos e com outros 5 outros partidos. Meu partido tem que participar sim das eleições majoritárias de Maceió. Não sei se eu serei o nome, mas pleiteio espaço para meu partido na gestão e nessas composições. Mas isso será tratado em momento oportuno e não agora”, afirmou Cunha durante a entrevista.

“Não houve ainda esse convite, essa decisão. Ainda tem um passo a passo para ser concluído. Ainda tem outros fatores envolvidos”, disse o senador.


Cunha afirma que retirou o trecho da taxação de compras online por considerá-lo como uma matéria estranha à inicial e por ser coerente com sua trajetória política de se posicionar contrário ao aumento de impostos no país.

O senador disse ter conversado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante o feriado de Corpus Christi sobre o projeto de lei.

Segundo ele, a conversa foi amistosa, mas sem compromisso da parte dele com a manutenção do trecho, que é visto com bons olhos pelo Planalto devido ao aumento da arrecadação.

“Não vai ser um acordo entre Câmara e governo que vai tirar autonomia do Senado”, afirmou Cunha.
O senador acredita que o texto será votado em plenário do senado nesta quarta-feira (5), mesmo sem acordo. Mais cedo, os líderes do Senado se reuniram, mas não conseguiram chegar a um consenso.

“A votação que iria acontecer foi suspensa, não houve acordo, não vou mudar meu relatório, e vamos para o voto. Então, cada um que apresente sua tese e aquela que tiver mais aderência sairá vencedora”, afirmou.

Fonte: G1

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