Durante pronunciamento em rede de rádio e televisão nesta terça-feira, 4 de junho, véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) afirmou que tragédias como as que ocorreram no Rio Grande do Sul exigem engajamento e solidariedade da sociedade para evitar que situações parecidas se repitam.
“Eventos climáticos extremos, como as chuvas no Sul, ilustram bem a relação entre o equilíbrio ambiental e as nossas vidas. A situação atual exige não só consciência, mas ação imediata. O governo agiu rapidamente em diferentes frentes, em parceria com o estado e os municípios, para cuidar das pessoas, comunidades e empresas”, disse a ministra, apontando para a necessidade de encarar a preservação ambiental como uma medida de preservação da vida em seu sentido mais amplo.
“Proteger o meio ambiente é salvar vidas, é garantir o bem viver para ribeirinhos, pequenos comerciantes, moradores das periferias, comunidades tradicionais e pessoas que vivem em áreas de risco”, pontuou a ministra do Meio Ambiente.
Marina Silva destacou que o Governo Federal vem agindo em diversas para garantir condições necessárias à manutenção das atividades econômicas em todos os setores de forma harmônica com a preservação da natureza.
“Os próximos anos serão dedicados a ações de proteção e recuperação da biodiversidade, com a criação de novas unidades de conservação, uso sustentável de florestas, recuperação de áreas degradadas e combate ao desmatamento e incêndios”.
Íntegra do pronunciamento da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Boa noite! Amanhã, dia 5 de junho, é o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Uma ótima oportunidade para refletirmos sobre o que estamos fazendo com o planeta.
Eventos climáticos extremos, como as chuvas no Sul, ilustram bem a relação entre o equilíbrio ambiental e as nossas vidas.
Quando protegemos os rios, as florestas, a nossa rica biodiversidade, estamos, na verdade, protegendo e cuidando das pessoas.
Estamos garantindo as condições necessárias à manutenção das atividades econômicas em todos os setores.
A tragédia climática no Rio Grande do Sul trouxe sofrimento para milhares de famílias, sobretudo as mais pobres, as que vivem em condições precárias de moradia e são sempre as principais vítimas das catástrofes climáticas.
Esse ciclo não pode continuar.
A situação atual exige não só consciência, mas ação imediata.
Em resposta, o governo agiu rapidamente em diferentes frentes, em parceria com o estado e os municípios, para cuidar das pessoas, comunidades e empresas.
Tragédias como essa exigem de nós um profundo engajamento e solidariedade e nos cobram o compromisso de soluções para evitar que elas se repitam.
Com o aumento da temperatura global, o mundo está vivenciando os gravíssimos efeitos dos eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e severos.
No Brasil, a intensificação de deslizamentos, inundações, secas, processos de desertificação anunciam dias difíceis, sobretudo para as famílias mais vulneráveis.
Proteger o meio ambiente é salvar vidas, é garantir o bem viver para ribeirinhos, pequenos comerciantes, moradores das periferias, comunidades tradicionais e pessoas que vivem em áreas de risco.
Infelizmente, ainda há quem duvide da relação entre a ação do homem e a reação da natureza.
Por alguns anos, esse negacionismo atrasou a adoção de medidas urgentes, desrespeitou regras, instituições e servidores ambientais e nos impôs um tempo perdido.
Com responsabilidade, estamos trabalhando para recuperar esse tempo e fazendo o que precisa ser feito em benefício de todos os brasileiros e brasileiras.
Por orientação do presidente Lula, o tema da mudança do clima vem sendo fortalecido e tratado por todos os setores e áreas do governo de forma transversal, em diálogo com toda a sociedade.
Estamos concluindo a atualização da Estratégia Nacional de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima e lançaremos um Plano Nacional para o Enfrentamento da Emergência Climática. Focado, principalmente, nos municípios e áreas de maior risco, o plano vai estruturar a capacidade do governo para lidar com o pré-desastre, fortalecendo ações de análise de risco, prevenção e preparação.
Diante da urgência em reverter os índices de desmatamento no Brasil, que tem efeito direto no clima, o presidente Lula estabeleceu o compromisso de desmatamento zero em todos os biomas brasileiros e já obtivemos resultados importantes com a redução de 50% do desmatamento na Amazônia e reduções, também, no Pampa e Mata Atlântica, e estamos trabalhando para obter resultados, também, no Cerrado, Pantanal e Caatinga.
O momento aponta claramente para uma mudança de rumos.
Estamos sendo desafiados a pensar juntos, criar tecnologias sustentáveis, transitar para energias não poluentes, com mais igualdade social e investimentos sustentáveis para todos os setores de nossa economia.
Estamos trabalhando nessa direção.
Os próximos anos serão dedicados a ações de proteção e recuperação da biodiversidade, com a criação de novas unidades de conservação, uso sustentável de nossas florestas, recuperação de áreas degradadas e o combate ao desmatamento e incêndios.
Será, também, de incentivo ao crescimento da bioeconomia, gerando empregos e renda e prosperidade, respeitando os povos indígenas e as comunidades tradicionais.
Será de aumento da qualidade ambiental, nas cidades e no campo, de cuidados com os recursos hídricos e o oceano, de busca de soluções para os resíduos sólidos.
No próximo ano, teremos a COP 30, em Belém. Na nossa casa, no Brasil, vamos fazer a diferença e mostrar que estamos unidos para construir um futuro ecologicamente sustentável e criar um ciclo de prosperidade em benefício de todos os brasileiros e brasileiras, com democracia, redução das desigualdades sociais, respeito à diversidade e sustentabilidade.
Obrigada.
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