A Assembleia Legislativa realiza, na terça-feira (14), a partir das 9h30, uma audiência pública, proposta pelo deputado estadual Robinson Almeida (PT), para discutir os impactos causados ao desenvolvimento da Bahia pela má prestação dos serviços da Coelba Neoenergia. Segundo o parlamentar, há “gargalos” no fornecimento de eletricidade não solucionados pela concessionária que impactam o desenvolvimento econômico do estado, com repercussão na geração de emprego e distribuição de renda. Ele cita como exemplo a não ampliação da oferta de energia elétrica nos territórios baianos, constantes quedas de energia e a demora no atendimento da Coelba para fazer ligação de novos equipamentos públicos, como Escolas de Tempo Integral, e privados, a exemplo de Agroindústrias, à rede elétrica.
“São 27 mil obras sem atendimento da Coelba na Bahia; se cada obra gerar 10 empregos, teríamos 270 mil empregos. Essa é a dimensão do problema que vamos discutir, que atinge os setores público, residencial, comercial e industrial em todo o estado da Bahia. São muitas as queixas que nós, deputados, temos recebidos do campo e das cidades, do setor produtivo e mesmo do setor público, como prefeitos, em relação a essa prestação de serviço da Coelba,” observou Robinson Almeida, coordenador da subcomissão instituída na Assembleia Legislativa para acompanhar a execução do contrato de concessão da Coelba, que vence em 2027.
Sobre o investimento de R$ 13,3 bilhões anunciados pela Coelba Neoenergia para os próximos 3 anos em obras de expansão e reforço do sistema elétrico na Bahia, Robinson Almeida, que é engenheiro eletricista, alerta que a empresa precisa detalhar as ações desses investimentos, apresentando um planejamento, com cronograma, prazo e territórios beneficiados com as intervenções. A companhia prevê, apenas para 2024, investir R$ 3 bilhões.
“Nós já reportamos à empresa a necessidade desse detalhamento. Onde vão ser realizados esses investimentos, quando, qual o prazo para finalização da obra, quais territórios serão beneficiados, quantos empregos serão gerados? São essas e outras questões, em relação a esse planejamento, que precisam ficar transparentes, pois estamos falando de uma concessão pública de um setor que é determinante para a vida e para o desenvolvimento socioeconômico da Bahia”, enfatizou Robinson.
“Os deputados não têm nada contra a Coelba, só desejam que a empresa seja uma aliada, e não uma pedra, ao desenvolvimento socioeconômico do nosso estado. O povo baiano paga caro pela energia e é justo que a empresa cumpra com suas obrigações, ofertando um serviço de melhor qualidade à Bahia, contribuindo com nosso desenvolvimento, e é isso que vamos discutir nesta audiência”, concluiu o deputado Robinson Almeida.