A técnica de enfermagem Luana de Souza Pinheiro, de 28 anos, ficou em estado vegetativo há sete meses, após realizar uma cirurgia de apendicite e ter uma parada cardiorrespiratória. A mãe dela, a dona de casa Rosinete Pinheiro de Souza, relatou ao Acorda Cidade que o fato ocorreu em setembro de 2023 no Hospital do Subúrbio em Salvador.
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Depois que Luana saiu do hospital, a família que morava em Simões Filho, se mudou para Feira de Santana, para o bairro Conceição I, na localidade da Conder para ficar mais perto de outros parentes para que assim, pudessem ajudar em seus cuidados. Luana veio para Feira de Santana sendo assistida pelo home care da Secretaria de Saúde do Estado, mas de acordo com Rosinete, o atendimento com o acompanhamento diário de técnicos de enfermagem durou apenas um mês e depois foi cortado. Luana conta com alguns serviços como realização de curativos na ferida na região sacra e fisioterapia.
“Ela foi fazer essa cirurgia no dia 4 de setembro de 2023. Disseram que ninguém poderia ficar lá para acompanhá-la. Aí no dia 15 de setembro me ligaram de madrugada informando que ela teve uma parada cardiorrespiratória. Quando cheguei ao hospital ela já estava intubada e desde então não mexe nada, só abre os olhos, não fala, não responde nada”, contou.
Luana usa traqueostomia, um dispositivo que é colocado através de uma abertura na traqueia que facilita a entrada de oxigênio e a ajuda a respirar e também usa a gastrostomia, uma sonda de alimentação que é conectada diretamente ao estômago. Toda a sua alimentação é feita através dessa sonda, a exemplo de verduras e frutas processadas e bem coadas.
Rosinete informou que a assistência técnica em enfermagem do home care foi suspensa com a alegação de que a família tem condições de cuidar de Luana. Além dos cuidados especializados, ela também faz uso de 12 medicações diárias e fraldas descartáveis. Tudo é comprado pela família e com a ajuda de doações.
“Sou dona de casa e a gente faz o que pode. Meu marido é pedreiro e está desempregado. Está recebendo o seguro-desemprego. O benefício dela do INSS demos a entrada e estamos aguardando a perícia. Estamos aguardando que saia para ajudar nos cuidados. As medicações nós também compramos todas. Já fui na Dires e informaram que lá só fornece uma medicação que é anticonvulsiva e que é preciso aguardar 90 dias para ver se o governo vai fornecer ou não”, contou.
Mesmo os médicos considerando que o estado de saúde de Luana é irreversível, sua mãe afirmou ao Acorda Cidade que tem fé que ela possa ter algum avanço.
“Sempre converso com minha filha. Ela abre o olho, olha, não sabemos se ela escuta, se entende. Mas tenho fé que tenha alguma melhora, que volte alguma coisa”, comentou.
Rosinete informou que precisa de ajuda para comprar as medicações, fraldas descartáveis, alimentos como frutas e verduras e também uma cadeira de rodas adaptada para filha.
Quem puder ajudar a família pode entrar em contato através do telefone: (71) 98400-2938.
O que diz o INSS
Fernando Nunes, gerente executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Feira de Santana, afirmou ao Acorda Cidade que a família de Luana pode se informar melhor sobre a concessão do benefício previdenciário através do número 135, do Aplicativo Meu INSS ou se dirigindo até uma agência física.
De acordo com ele, pode haver alguma pendência administrativa ou de documentação e tendo acesso a essa informação, a família pode resolver junto ao INSS e assim agilizar a concessão do benefício.
Até o fechamento desta matéria, o INSS informou que o benefício de Luana foi aprovado e que haverá agilidade para o seu recebimento
Medicações e Home Care
Sobre o fornecimento das medicações, o Acorda Cidade entrou em contato com a 2ª Dires e aguarda o retorno.
Em relação a situação do home care, a reportagem também entrará em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) para mais informações sobre a suspensão do serviço.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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