Feira de Santana

Por falta de UTI neonatal, morre criança que nasceu com complicações no HDPA

A criança ao nascer teve complicações devido a um nó no cordão umbilical que estava enrolado ao pescoço.

Daniela Cardoso e Ney Silva

O recém nascido que estava entubado na maternidade do Hospital Dom Pedro de Alcântara em Feira de Santana, morreu por volta das 22 horas de ontem (22). A mãe da criançaJoilma Freitas, 28 anos, entrou em trabalho de parto no período da manhãao nascer, o bebê teve complicações devido a um no cordão umbilical que estava enrolado ao pescoço.
 
Na tentativa de salvar a criança, os médicosentubaram e pediram apoio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) durante todo o dia, aguardando que surgisse uma vaga em uma UTI neonatal, pois o quadro clínico dela era grave.
 
A médica pediatra, Ana Célia Oliveira Santos, que trabalhou na equipe, disse em uma coletiva hoje pela manhã, que casos como esse tem intercorrências que não se pode prever. Ela contou que Joilma Freitas, fez um pré-natal regular, mas nesse caso precisaria de uma ultrassonografia morfológica, onde se detecta detalhes que ajuda o obstetra a decidir se será um parto normal ou cesário.
 
Ana Célia disse ainda que como a parturiente tinha tido dois filhos de parto normal esse também deveria ser normal, mas que quando foi chamada após o parto, foi informada pela equipe que a criança tinha um no cordão e uma circular. Nesse caso, segundo ela, o ultrassom morfológico seria importantíssimo para identificar essa situação, além disso, era necessário que houvesse uma vaga em uma UTI neonatal para a criança ser assistida.
 
Segundo a médica, sem a ultrassom morfológica o obstetra não teria como saber o que estava acontecendo com a criança na barriga da mãe. De acordo com ela, em Feira de Santana tem dois serviços especializados com esse procedimento, mas não têm cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde).
 
Outra dificuldade alegada pela médica, é que a mãe chegou em trabalho de parto avançado, mas ela garantiu que se a mãe tivesse feito o ultrassom morfológico e se tivesse uma vaga em um UTI neonatal haveria a possibilidade da criança não ter falecido.
 
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