Cloreto de sódio

Parmesão industrializado tem maior teor de sal, diz Anvisa

O cardiologista Paulo Barbosa aponta que o excesso de sal é apenas um dos fatores que favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares

Acorda Cidade

 

Queijo parmesão e macarrão instantâneo são campeões em alto teor de sal dentre os alimentos industrializados nos mercados brasileiros. Isso é o que constatou a pesquisa realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
Embutidos como mortadela e o biscoito de polvilho vêm em seguida no ranking. No total, 492 produtos foram avaliados, de 26 categorias. O queijo parmesão ralado, que lidera o quadro, tem o teor médio de 1.981 miligramas de sódio por 100 gramas do produto.
 
o biscoito de polvilho possui uma quantidade média de 1.092 miligramas do ingrediente para cada 100 gramas.
 
A pesquisa também avaliou a variação do teor de sódio entre as diversas marcas de um mesmo alimento. Os queijos, neste quesito, são os que possuem maior variabilidade. No queijo minas frescal, a quantidade de sódio do alimento pode variar mais de 14 vezes, a depender da marca. No queijo parmesão, essa diferença chega a 13,7, e na ricota fresca a 10,5.
 
Prejudicial – O sal é um mineral que participa do metabolismo do corpo e está presente em várias atividades essenciais para a sobrevivência. Contudo, seu consumo deve ser feito com moderação.
 
De acordo com recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), um adulto deve consumir, no máximo, 2g da substância. O cloreto de sódio, conhecido como sal, apresenta 400mg de sódio para cada 1g da substância.
 
Por isso, é medida preventiva que o consumo adulto de sal não exceda os 6g diários. Esta quantidade equivale a 100g do queijo parmesão, que lidera o quadro. Segundo dados da Anvisa, o brasileiro consome o dobro do recomendado, chegando a 12g por dia.
 
O consumo excessivo deste nutriente é considerado um fator de risco, pois possibilita o desenvolvimento de doenças crônicas, a exemplo de hipertensão, as cardiovasculares,  entre outras.
 
Doenças
"Segundo dados do Ministério da Saúde de 2010, cerca de 44 mil pessoas chegam ao óbito no Brasil por ano devido a complicações da hipertensão", afirma a  gerente-geral de alimentos da Anvisa, Denise Resende.
 
"Caso o brasileiro consumisse o ideal de sódio, cerca de 10% de mortes por infarto e 15% por AVC seriam evitados, assim como muitos hipertensos não precisariam tomar medicamentos".
 
ModeraçãoSegundo a nutricionista e assessora técnica do Conselho Regional de Nutrição, Leny Sprauch, estudos como a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE, indica um aumento no consumo de produtos industrializados nos últimos anos pelas famílias brasileiras.
 
"O sal é um dos componentes que confere mais sabor ao alimento. O produto acaba se tornando mais atraente para os consumidores. É de responsabilidade da população optar por alimentos mais saudáveis para a dieta ou verificar no rótulo da embalagem a quantidade de sal presente no alimento".
 
A Anvisa realiza ações para diminuir o consumo de sódio pela população. Junto à Associação das Indústrias, um termo de compromisso foi firmado em 2011, garantindo a diminuição progressiva do sódio nos alimentos, com a previsão de que, a partir de 2013, alimentos com menos sódio estejam disponíveis no mercado.
 
O cardiologista Paulo Barbosa aponta que o excesso de sal é apenas um dos fatores que favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. "Estresse, sedentarismo e tabagismo são também elementos que aumentam o risco de ter uma doença". As informações são do A tarde.
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