Aumento na primavera

373 casos de catapora já foram notificados este ano em Feira de Santana

Os meses de agosto e setembro registraram o maior número, 61 e 79, respectivamente, enquanto que os anteriores, junho e julho, totalizaram 26 e 27.

Acorda Cidade

É na estação mais florida do ano, quando a paisagem ganha novas cores, que o número de casos de crises alérgicas aumenta. Durante a primavera, uma maior concentração de pólen das flores disperso no ar, assim como de substâncias irritantes, que podem provocar, por exemplo, a conjuntivite. Entre as crianças, a varicela (catapora) é a campeã de casos entre os meses de setembro e novembro.
 
Em Feira de Santana, conforme dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica (Viep), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram notificados este ano 373 casos da doença. Os meses de agosto e setembro registraram o maior número, 61 e 79, respectivamente, enquanto que os anteriores, junho e julho, totalizaram 26 e 27. Nos dois últimos anos a quantidade de casos também foi expressiva. Em 2010, foram registrados 427 casos da doença, enquanto que em 2011 foram confirmados 709.
 
A enfermeira referência em Varicela da Viep, Marizete Aguiar Alves, observa que embora as crianças sejam as principais vítimas, os adultos também são acometidos pela catapora. “A criança fica doente na escola e acaba levando para casa o vírus. Como muitos adultos não tiveram a catapora na infância, acabam adquirindo-a também. Nesse caso, a doença fica mais grave, pois reduz a imunidade e aumenta os riscos de agravamentos”, alerta.
 
Ela lembra que a SMS capacitou este ano diretores e professores da rede municipal de ensino, através do projeto Vigilância Epidemiológica da Varicela nas Escolas Municipais. “Realizamos três oficinas de caráter educativo, enfatizando que as instituições podem se tornar fontes notificadoras, que são as crianças as principais vítimas da doença. Além disso, orientamos os docentes a comunicar os pais que se a criança contrair a catapora deve ficar afastada da escola por um período de 10 a 15 dias, evitando assim a transmissão entre os colegas”, ressalta.   
 
Ainda de acordo com Marizete Aguiar, a Viep realiza o trabalho de controle mantendo contato com os familiares da pessoa acometida, para checar o quadro do paciente. “Se houver complicação da patologia e a infecção se tornar grave, agendamos a consulta com um dos três infectologistas da Viep, que vai acompanhá-lo durante todo o tratamento”, destaca, acrescentando que a complicação pode resultar numa meningite, artrite, cefalite ou hepatite, e provocar o óbito.
 
A vacina contra a doença será incluída no calendário básico de imunização a partir de janeiro, mas o Ministério da Saúde a disponibiliza em casos especiais, como epidemias. A transmissão da catapora ocorre de pessoa para pessoa através de secreção respiratória (gotículas de saliva, espirro e tosse). Entre os primeiros sintomas da doença, estão febre baixa, dor de cabeça e vômito. A pessoa infectada apresenta também manchas avermelhadas na pele que podem evoluir para erupções. As informações são da Secom.
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários