Feira de Santana

Comerciantes pedem alteração em lei que multa veículos automotores no bairro Pedra do Descanso

Segundo o representante, vários estabelecimentos no bairro sobrevivem das atividades envolvendo caminhões, como oficinas e postos de combustíveis.

Rodrigo Ribeiro da SIlva
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Representante de estabelecimentos localizados na Avenida Rio de Janeiro, no bairro Pedra do Descanso em Feira de Santana, Rodrigo Ribeiro da Silva esteve na tribuna livre da Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (26), a fim de cobrar medidas sobre multas aplicadas a veículos automotores (caminhões e carretas) que circulam pelo local.

De acordo com Rodrigo Ribeiro, a limitação de veículos têm ocorrido desde que a prefeitura criou uma lei impedindo o tráfego no centro da cidade. Em entrevista ao Acorda Cidade, o empresário disse ainda que vários estabelecimentos no bairro sobrevivem das atividades envolvendo caminhões, como oficinas, postos e supermercados.

“Falo aqui não em nome, mas em nome de um bairro que está sendo penalizado e vem sofrendo seriamente com a perda de vendas por causa da lei municipal que limita a circulação de veículos automotores no centro da cidade. Entendemos que a Pedra do Descanso não é centro, a Pedra do Descanso é um bairro que dá acesso ao centro. É uma avenida ampla e que 90% das atividades comerciais que acontecem naquela região ou giram em cima de serviços ou peças para caminhão. Se você for analisar, nós temos três postos de combustíveis na região, temos um atacadão, dezenas de casas de autopeças e posso dizer uma centena de oficinas que sobrevivem de caminhões”, disse.

O pedido, ainda conforme Rodrigo, é para que haja uma alteração na lei que têm afetado caminhões com metragem superior a 6,5 metros e transitam diariamente pela Avenida Rio de Janeiro.

“O que nós estamos pedindo não é a revogação de uma lei, porque a gente entende que o objetivo da prefeitura é melhorar a mobilidade no centro da cidade e do trânsito em si, porém, o bairro Pedra do Descanso é um acesso para o centro da cidade e nós comerciantes estamos sendo procurados por nossos clientes constantemente, nos apresentando multas e alguns estão deixando de comprar conosco, porque diz que não vão transitar e nem entrar no centro, uma vez que pode se receber multa. Na gestão passada, quando houve a duplicação, o antigo prefeito, à época José Ronaldo, estabeleceu ainda aqui de boca um limite até a Tel e assim foi. Só que agora as cobranças estão vindo constantes em cima de todos os nossos clientes, inclusive os meus caminhões já foram multados também. Então, o que a gente pede à Câmara de Vereadores, encarecidamente, é que faça-se uma alteração da lei naquela região impondo um novo limite”.

O representante ainda mencionou os principais problemas enfrentados pelos empreendedores da região diante da redução de caminhoneiros no local.

“Empresas podem vir a fechar por causa disso. O Atacadão, todo dia descarregam 30, 40 caminhões. Eles vão chegar no Atacadão por onde? Só tem acesso pela Avenida Rio de Janeiro. O cara vai rodar para descarregar de noite? Não existe esse tipo de situação. Então, a Avenida Rio de Janeiro é uma avenida ampla. Tem condição? Tem. Só deveria a Câmara de Vereadores ter um olhar mais sensível a essa causa e que a prefeitura também tenha esse olhar sensível. E que também, a Câmara aprovando esse projeto de lei, a prefeitura sancione, nos dando esse novo limite para que nós não soframos cada vez mais. Agora, nós pedimos isso em caráter de urgência, porque isso tem nos prejudicado e muito”, finalizou.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) e aguarda o retorno.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
8 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários