Mais uma assembleia dos professores foi realizada na manhã desta segunda-feira (18), na sede do sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB-Feira), para definir os acordos realizados pelo governo municipal com a categoria, além das pautas apresentadas pelo sindicato.
De acordo com a presidente da APLB, a professora Marlede Oliveira, uma possível greve ainda pode ser realizada na próxima quinta-feira (21), caso a prefeitura não cumpra com o acordo do pagamento do piso salarial dos professores. Marlede ainda frisou que, em uma definição junto à categoria, o acordo seria de 4%. Porém, a confirmação do valor e o pagamento ainda não foram feitos.
“O governo municipal apresentou 4% relativos a março do ano passado porque, ano passado, ele deu 0%, então esses 4% são referentes ao ano passado. Ano passado, a proposta foi de 14.95%. Então, se ele der 4%, ainda vai ficar faltando 10.95%. A categoria está dizendo que aceita os 4%, mas tem outros pontos como enquadramento, de uma ação na justiça contra a secretária que ela não teria sinalizado o enquadramento, disse que vai sair esperar na justiça e que vai sair amanhã a parte de referência que é a questão da aposentadoria. Então, o que ficou aprovado foi o indicativo de greve para a próxima quinta-feira. Vamos aguardar para que o projeto dos 4%, que foi a única coisa que o governo mandou, seja enviado para a Câmara na próxima terça, que é amanhã”, disse a sindicalista ao Acorda Cidade.
Marlede Oliveira ainda destacou que através das insatisfações dos professores presentes na Assembleia, a deflagração de greve ocorreria ainda nesta segunda (18). Porém, por meios legais, caso seja aprovado, a greve será anunciada na próxima quinta.
“A categoria continua mobilizada, nós queremos o que é de nossos direitos porque os recursos do Fundef é para pagar professor, funcionários, temos direito ao piso e o governo não cumpriu ano passado e simplesmente agora chega nos 4% e o restante não sinaliza como vai ser. A próxima Assembleia é quinta-feira. Tiveram alguns professores que queriam declarar greve hoje mas não podemos, temos o indicativo para quinta-feira. A gente tem que ter o procedimento legal da greve, tem um prazo e seguimos o indicativo legal da greve. A partir de quinta, fazemos a Assembleia para aprovar ou não a greve”, finalizou.
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