Saúde

Sintomas de dengue em crianças podem ser semelhantes aos de outras infecções, aponta infectopediatra

Com a expertise, atenção e uma investigação detalhada, é possível chegar ao diagnóstico correto mais rápido.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O crescente número de casos de dengue em Feira de Santana e em todo o país, impulsionado pela epidemia da doença, destaca a necessidade de reforçar os cuidados no combate ao mosquito Aedes aegypti. Além disso, ressalta a importância de estar atento aos primeiros sintomas da doença, especialmente em crianças, que muitas vezes têm dificuldade em expressar seus sintomas de maneira clara, ao contrário dos adultos.

O médico infectopediatra, Igo Araújo, destacou que os pais precisam ficar atentos a qualquer diferença na mudança do quadro de saúde de seus filhos. Ele informou que os sintomas de dengue podem se assemelhar a sintomas de outras infecções virais como gastroenterites e diarreias.

De acordo com ele, identificar os sintomas até por parte dos profissionais de saúde não é uma tarefa fácil, mas com a expertise, atenção e uma investigação detalhada, é possível chegar ao diagnóstico mais rápido. Ele alertou que neste período mais quente as crianças podem ficar com partes do corpo mais expostas a serem picadas pelo mosquito e além do uso de repelentes, é muito importante prestar atenção a algumas mudanças de comportamento.

“A dengue é um vírus e o mosquito é o vetor. A dengue pode ser assintomática em crianças e ter sintomas parecidos com outras infecções virais. A criança pode apresentar irritabilidade, diarreia. Tem que se pensar em febre, dores no corpo, dores abdominais e vômito. A dengue tem por necessidade a invasão de células para fazer a replicação viral e uma das células é a destruição das plaquetas, pode destruir plaquetas, leucócitos, aumenta a concentração do sangue, aumenta o hematócrito, que é um dos fatores de risco”, explicou.

O médico destacou, que quando há os sintomas como febre e dor, a criança deve ser medicada com remédios como dipirona e paracetamol e não devem ser usados nem anti-inflamatórios e nem o ácido acetilsalicílico (ASS). Sintomas como diarreia, deve-se ter cuidado para a criança manter-se hidratada e assim evitar problemas com a desidratação.

Já sintomas como dores abdominais, vômitos de repetição, muita sonolência, irritabilidade, muito choro, desidratação, febre persistente por 48 ou 72 horas e sangramento no cocô ou na gengiva são sinais de alarme. A criança deve ser levada ao hospital.

O infectopediatra comentou também que no Hospital Estadual da Criança (HEC), uma das unidades onde trabalha, ainda não há um aumento nos atendimentos de crianças com dengue e que o hospital é uma unidade terciária de saúde, que atende casos mais graves.

Ele recomendou que casos que não são de maior gravidade devem ser atendidos pela atenção primária, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e casos de maior atenção pelas unidades secundárias que são Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários