Com o grande número de casos de dengue registrados em Feira de Santana, um alerta é acionado para as situações que envolvem os acumuladores, transtorno mental que faz alguém ter dificuldades em se livrar de objetos que não têm valor ou são de pouca importância para as pessoas.
O município de Feira de Santana registrou somente em 2023, 48 chamados para atender estas residências que possuem objetos que podem servir de moradia para o mosquito da dengue.
A reportagem do Acorda Cidade conversou com João Marcelo, diretor do Departamento de Limpeza Pública do município. Segundo ele, 2024 também já registrou casos de acumuladores, que insistem em continuar guardando objetos dentro de casa, sem ter espaço ao menos para se acomodar.
“O número de reclamações por acumuladores, chegou a 48 somente em 2023. Agora em 2024 nós já tivemos três registros solicitados aqui pela Sesp [Secretaria de Serviços Públicos]. O perfil destas pessoas, geralmente é com o descuido próprio, higiene pessoal, negligência com a saúde e esta pessoa acaba não tendo o amor próprio pela aparência. Elas acumulam um pouco de tudo, seja garrafa PET, copo plástico, são materiais recolhidos na rua, que para eles, pode se tornar uma riqueza, então é uma hélice de ventilador, e outros objetos, que pode render alguns centavos. Eles acumulam por toda a casa, e aqui em Feira de Santana, nós estivemos em uma casa fazendo a visita, só tinha o lugar para a pessoa sentar. Outra situação foi de uma casa que precisou ser demolida pela quantidade de resíduos”, explicou o diretor.
Segundo João Marcelo, a população feirense pode denunciar através do 156, pela Secretaria Municipal de Saúde ou pela Secretaria de Desenvolvimento Social.
“As pessoas podem realizar as denúncias através do número 156, tem a Secretaria de Saúde, a Sedeso ou aqui pela própria Sesp. Estas três secretarias estão envolvidas nesta situação. A partir daí, é comunicado ao departamento médico do CAPS, que vai fazer uma averiguação, vai saber se a pessoa que faz este tipo de acúmulo tem alguma síndrome, se for diagnosticada pelo psiquiatra, aí o caso também é passado para a Secretaria de Ação Social”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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