Entrevista

Os outros candidatos apresentam maquiagens e não propostas concretas, diz Jhonatas Monteiro

Ele falou da experiência de disputar a prefeitura de Feira de Santana pela primeira vez e das propostas que possui para o município

Roberta Costa

O entrevistado desta quarta-feira (26) no Acorda Cidade, foi o candidato Jhonatas Monteiro (PSOL). Ele falou da experiência de disputar a prefeitura de Feira de Santana pela primeira vez e das propostas que possui para o município.

 
Acorda Cidade: Como o senhor avalia a campanha até o momento?
 
Jhonatas Monteiro: A receptividade do povo é muito positiva. Estive aqui no começo da campanha e de pra as pessoas viram que não trabalhamos com maquiagem, como é habitual no programa eleitoral. Abordamos questões importantes para o povo, apresentando as melhores propostas para o desenvolvimento de Feira.
 
AC: Como é a experiência de ser candidato pela primeira vez?
 
JM: É uma experiência positiva. As pessoas sentem necessidade de serem ouvidas. Elas estranham quando um candidato as ouve, pois o mais comum é o candidato chegar com cabos eleitorais, distribuir santinhos, apertar as mãos e irem embora, sem diálogo. O momento eleitoral deveria ser o momento em que o candidato mais escuta a população.
 
AC: Como está sendo feita a captação de recursos para a campanha?
 
JM: Captamos recursos de forma colaborativa. Quem acredita no projeto é quem doa. Na maioria, estudantes, professores, pessoas ligadas ao movimento sindical. Não aceitamos doação de pessoa jurídica porque defendemos uma reforma política que mude a forma de financiamento de campanha, pois da forma que está, favorece a corrupção. Empresa não doa, investe
 
AC: O senhor acredita que com essa filosofia pode alcançar o êxito na eleição?
 
JM: Nossa campanha é feita de forma colaborativa, como disse. As pessoas se cadastram para panfletar e organizar reuniões. O
dinheiro pode muito, mas não pode tudo. A nossa candidatura é a mais comentada, pois não é estereotipada. Não estamos aqui para criticar. Apresentamos coisas consistentes para tudo que discutimos.
 
AC: No seu programa eleitoral o senhor fala muito sobre as deficiências enfrentadas pela saúde do município. Inclusive, esse foi o tema do programa de hoje. Porque o senhor afirma que a saúde está sendo usada como “barganha” e quais suas propostas para melhorar o atendimento à saúde em Feira de Santana?
 
JM: Isso é evidente para qualquer pessoa que mora em Feira de Santana. Tem pessoas que chegam 4 horas da manhã em um posto e não consegue o exame e alguém que tem algum padrinho político, consegue o atendimento mais rápido. Temos que aumentar a Saúde da Família, que atualmente cobre 50% da cidade; tornar transparente o processo de marcação de consulta; aumentar as cotas nos bairros para garantir um atendimento de qualidade a população.
 
AC: Como professor, uma das suas propostas é a valorização dos professores. Quais mudanças pretende implantar no município para melhorar a educação em Feira?
 
JM: Vejo muita conversa e pouca proposta. Temos que melhorar o piso salarial, respeitar o Plano de Carreira, diminuir a carga horária e aperfeiçoar os professores. A prefeitura está na contramão, os professores perderam direitos, os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), são obscuros no município e sabemos que recursos possíveis.
 
AC: Em relação ao transporte público, o senhor tem propostas?
 
JM: Não tenho nenhum projeto mirabolante, felizmente. Entendo que, quem constrói as cidades são os trabalhadores. Os cálculos das tarifas são defasados, tem que ser reformulada, com corredores exclusivos para os ônibus, com linhas de um bairro para outro e não apenas dos bairros para o centro, mudança no modelo de integração e o controle do trajeto e horário do ônibus pelo usuário
 
AC: Jhonatas Monteiro, o senhor acredita em um segundo turno em Feira de Santana?
 
JM: Estamos caminhando para isso. Pelo menos é o que podemos ver nas ruas.
 
AC: Quais os projetos para o Aeroporto de Feira de Santana?
 
JM: Em outras cidades da Bahia, o Aeroporto funciona de forma regular para o transporte de passageiros e não apenas de cargas. A carga tem que ser complementar e não exclusiva
 
AC: Porque não se candidatar a vereador?
 
JM: Eu respondo, por que não a prefeito? As propostas apresentadas pelas outras candidaturas não atacam a raiz dos problemas que a cidade vive. São maquiagens. Todos os problemas que apresento, vivencio diariamente com a população e mostro maneiras para que eles possam ser resolvidos.
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