Gosto de usar a palavra permissividade. Não precisa ser muito experiente para saber que houve um retrocesso, essa liberação desordenada do crescimento de Feira de Santana, na área habitacional. É bacana o crescimento? Opa, ótimo! Maravilhoso! Mas que fosse feito dentro de todas as normas específicas e o que foi feito? Queimaram etapas.
Quem acompanha o Acorda Cidade sabe que eu sempre falei que estão expandindo, jogando condomínios em tudo quanto é canto. Sempre perguntei: vai ter abastecimento de água? Vai ter abertura de ruas? Não teve. Fizeram condomínios em becos, condomínios em ruas estreitas. Abertura de ruas, água, energia, escola, posto de saúde, transporte coletivo, tem lugares que não têm nada disso. Cantei essa pedra há muito tempo. A conta chegou e não demorou.
Quando a gente fala sobre ‘Prefeitura’ é porque é o órgão, é a matriarca, mas existem seus componentes. Nesta semana, um amigo estava conversando comigo e disse que a prefeitura liberou 500 apartamentos na área do bairro SIM com acesso pela Artêmia Pires. Isso é um absurdo. Quando tiver 500 apartamentos habitados, para entrar e sair pela Artêmia Pires, avenida estreita e sem planejamento de bairro, de vetor de crescimento, imagine? Se quem liberou foi a prefeitura, que resolva todos os problemas, porque a comunidade quer solução. Permissividade.
Resumindo, a liberação desordenada causou estragos na cidade. Se está consertando problemas atualmente nos bairros, como no Papagaio, é porque se permitiu o errado lá atrás. Então, tem um adágio que diz o seguinte: “Quem pariu Mateus, que balance”. A prefeitura liberou, agora não tem que estar fugindo, tem que resolver a demanda da comunidade, consertar os problemas.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram