Tecnologia

Adolescentes lideram aumento de uso de celular no Brasil, diz Pnad

Faixa de 10 a 17 anos forma grupo com maior aumento de posse de celular. 21,7 milhões se tornaram donas de aparelhos entre 2009 e 2011, diz Pnad.

 

Acorda Cidade
 
O grupo de pessoas na faixa etária entre 10 e 17 anos teve o maior aumento percentual de posse de celular, entre 2009 e 2011, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, 41,9% dos entrevistados na faixa de 10 a 14 anos tinham celular próprio em 2011, um crescimento de 12,6 pontos percentuais em relação a 2009. Essa porcentagem chegou a 67,5% em 2011 na faixa dos 15 aos 17, um aumento de 15,7 pontos percentuais em relação a 2009.
 
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
 
A pesquisa revela que o maior percentual de pessoas com telefone móvel celular está na faixa etária de 25 a 29 anos, onde 83,1% das pessoas têm celulares.
 
Em 2011, diz o estudo, 115,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade (69,1%) disseram ter telefone celular para uso pessoal, representando um aumento de 23,1% em relação a 2009. No total, mais 21,7 milhões de pessoas se tornaram donas de aparelhos móveis.
Entre as regiões brasileiras, o maior crescimento foi verificado no Nordeste, onde 59,4% das pessoas de 10 anos ou mais de idade afirmaram ter telefone móvel em 2011. O menor aumento ficou com a região Sul, que teve crescimento de 7,8 pontos percentuais no período.
 
Celular vira brinquedo
 
Depois de dois anos de pedidos, Lucas Gaede, de 9 anos, ganhou um celular no início de 2012. A mãe dele, Adriana Gaede, contou que conseguiu o aparelho, um smartphone, em uma promoção da operadora. “Eu ganhei o telefone de cortesia e, como eu não queria me desfazer do meu antigo, eu passei o novo pra ele, porque tinha os joguinhos que ele queria”, disse a mãe, que aproveitou a ocasião para presentear o filho.
 
Adriana optou pelo plano pré-pago, pois, segundo ela, impõe um limite maior. “Eu coloco R$ 20 por mês. Acho que é o necessário. Para ele funciona bem. A gente tem que delimitar um valor para a criança. Acredito que não tem necessidade de ser mais do que isso”, avaliou.
 
O celular, que para o filho se tornou mais um brinquedo, para a mãe facilitou a comunicação. Lucas não tem o costume de ficar por horas com o aparelho no ouvido, porém, a tela do smartphone carrega uma extensa lista de jogos e aplicativos. O menino que, além da escola, estuda inglês e faz aulas de guitarra e futebol, ainda é adepto dos “antigos” jogos de tabuleiro. Mesmo com todas essas atividades, sobra tempo para outros eletrônicos, como o videogame e o computador.
 
Lucas é aluno do terceiro ano de um colégio na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em sua classe, ele não é o único que possui celular. Apesar de o aparelho não ser unanimidade entre os colegas, vários fazem parte desta tendência.
 
“Kaka”, como é conhecido na escola, disse que as matérias preferidas são educação física e matemática. Os jogos de futebol não são praticados somente na tela do smartphone. Com o apelido de um ídolo do esporte, Lucas está certo sobre a profissão do seu futurojogador de futebol.
 
Adriana acredita que é preciso ter limites com o uso do telefone. “Se a gente deixar, a tendência é que ele fique o dia inteiro no celular”, diz a mãe. Entretanto, ela avalia que o aparelho não tenha vindo somente para prejudicar. Segundo a mãe, Lucas é muito responsável com os horários e as responsabilidades, e, por isso, sabe a hora de largar o aparelho de lado e se desconectar. As informações são do G1.
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