Feira de Santana

Após prejuízos, moradores do Parque Lagoa Subaé pedem manutenção da rede de esgoto e redes pluviais

A casa de Elias Monteiro foi a mais atingida pela água no período da chuva.

Moradores da Rua Nestrogino
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Com o volume de água que inundou diversas casas no bairro Parque Lagoa Subaé, na última terça-feira (20), moradores da Rua Nestrogino, entraram em contato com o Acorda Cidade, a fim de solicitar melhorias para a localidade, à exemplo da manutenção na rede de esgoto e construção de saídas para o escoamento da água, das redes pluviais.

Antônia Neviniana teve a casa atingida pela água da chuva. Ela perdeu vários móveis e eletrodomésticos. Em entrevista ao Acorda Cidade, ela fez um apelo às autoridades públicas para que realizem ações de prevenção a alagamentos na rua.

“Não é que a chuva tem culpa, porque a chuva é a benção de Deus, mas a gente aqui no parque Lagoa Subaé precisa de melhorias, precisa ter boca fluvial para essa água da chuva descer para o lugar correto. O calçamento aqui foi feito também, mas eu creio que não foi perfeito. Quando chove a água fica toda aqui, no dia da chuva passei o dia na casa da minha mãe, 15h eu vim para casa, quando eu cheguei aqui a rua estava toda inundada, água empoçada e por isso também perdi geladeira, perdi meu rack, perdi também minha mesa com as cadeiras, os guarda-roupas também já estão tudo inchados. Precisamos de bocas pluviais que não têm aqui no bairro. A gente precisa dessa melhoria”.

Moradores da Rua Nestrogino
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Elias Monteiro, que também mora na Rua Nestrogino, relatou que a rede de esgoto sempre tem problemas e toda vez que chove, a água invade as residências.

“Em relação à rede de esgoto aqui, que a água não tem para onde sair, não sei se essa água não tem nenhum lugar para poder ser despejada, aí a rede de esgoto fica aqui e começa a transbordar dentro de casa mesmo, nos banheiros e tudo isso daí acaba alagando a casa, inundando, tendo esse prejuízo grande”, contou.

A casa de Elias Monteiro foi a mais atingida pela água no período da chuva. Ele também destacou que com a ajuda dos vizinhos, fez uma vaquinha para conseguir construir uma barreira e amenizar os prejuízos.

“O objetivo desse material é a gente tentar entulhar aqui a casa e ver se ameniza, deixar bem mais alto do que o nível da rua, para poder alargar e parar de entrar essa água dentro de casa, o pessoal, graças a Deus, ajudou a gente fazendo uma vaquinha e a gente está comprando os materiais pouco a pouco pra poder fazer essa mini reforma”.

Maria Luísa é moradora da localidade há 24 anos. Ela não teve prejuízos na chuva da última terça-feira (20), mas contou que por conta da umidade do solo, está com um muro prestes a cair.

“Não perdi porque nem tenho pra perder, mas o muro da casa tá quase desabando. Quando chove prejudica a minha casa todinha. Está entrando para o meu quintal e aí fica úmida a casa todinha. Mesmo eu tendo colocado um outro contrapiso em cima do próprio piso, a casa mina muito, mas vou permanecer, não sei pra onde ir. Eu tenho que continuar aqui, até Deus me abençoar que eu consiga pelo menos dar um jeito no meu muro, que estou vendo a hora de desabar”, disse.

Já para Gerlani Teixeira, que é moradora da rua há 17 anos, uma rede de esgoto tem causado desconforto à família por estar entupida, fazendo com que os resíduos invadam a sua casa.

“Tem uma boca de esgoto de frente da minha porta, ela vaza, está toda dentro da minha casa. Ela agora mesmo secou, mas a lama tá todinha lá, que não pode nem limpar. O esgoto está retornando. Tá retornando para dentro da minha casa. A Embasa vem, abre o buraco, deixa aberto lá, não bota nada e continua vazando. Eles dizem que vão consertar, mas não consertam, e o cheiro é forte dentro da minha residência, a pessoa não aguenta nem ficar na frente da casa”, concluiu.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Embasa, referente a rede de esgoto e com a Superintendência de Operações e Manutenção (Soma) sobre a construção de novas galerias pluviais.

O que diz a Prefeitura de Feira de Santana

Em relação a rede de esgoto a responsabilidade é da Embasa. Sobre drenagem pluvial, a Prefeitura, através da Superintendência de Operações e Manutenção, vem realizando ações visando o escoamento das águas das chuvas em todas as regiões da cidade. No entanto problemas crônicos da cidade necessitam de uma intervenção mais complexa. Neste sentido o governo municipal concluiu no final de 2022 o Plano Diretor de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais, executado pela Escola Politécnica da Ufba, contemplando as bacias do Pojuca, Subaé e Jacuípe.

Vale ressaltar que desde 2021 o município tem apresentado pedidos de autorização de empréstimos junto à Câmara Municipal para a execução do Plano de Drenagem. O último pedido, reiterado em setembro do ano passado, ainda não foi apreciado pelo legislativo.

O que diz a Embasa

Informamos que a Embasa vai enviar equipe à rua Nestrogino, Parque Lagoa Subaé, para verificar a reclamação de retorno de esgoto para dentro dos imóveis.

Ressaltamos que a obstrução de redes por causa de água de chuva é decorrente de mau uso do sistema, já que a rede de esgoto é dimensionada para coletar apenas esgoto doméstico (águas servidas que escoam pelos ralos das pias, lavanderias, box de chuveiro, vasos sanitários e ralos que estão dentro de casa). O lançamento de água de chuva na rede de esgoto é proibido por leis.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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