O verão só encerra no dia 20 de março. Até lá, muitas pessoas aproveitam para curtir as férias escolares, viajar, pegar uma piscina ou até mesmo uma praia. Paralelo a tudo isso, o Brasil também enfrenta o fenômeno natural conhecido como El Niño, aquecimento das águas do Pacífico Equatorial da média.
Como forma de acender um alerta e chamar a atenção, a reportagem do Acorda Cidade conversou com a médica dermatologista Rebeca Galvão Suzarte, que orientou quais cuidados, todas as pessoas devem ter nesta estação mais quente do ano.
“No verão a gente precisa caprichar no uso do filtro solar, além disso é importante a gente estar atento aos horários que a gente pode se expor ao sol, então a gente deve seguir aquele conselho de estar sempre se expondo antes das 9h ou depois das 16h, além do uso do filtro solar, a gente também tem as proteções físicas, as roupas protetoras com proteção UV, óculos de sol, chapéu, boné, e está sempre reaplicando o filtro solar, além disso a gente precisa hidratar também a nossa pele no verão, o sol ele pode levar ao ressecamento, pode levar a queimaduras, e a gente precisa estar atento aos cuidados”, informou.
É neste período do verão que alguns procedimentos estéticos também não são recomendados.
“Na dermatologia hoje em dia, a gente tem muitos procedimentos estéticos, no verão existem alguns procedimentos que devem ser evitados, se forem aqueles sinaizinhos, aquelas verruguinhas que não tem suspeitas de câncer de pele, a gente pode deixar para fazer a remoção depois do verão para que a cicatriz fique melhor, a cicatriz não fique manchada. Fora isso, os peelings químicos também, que são procedimentos pouco mais agressivos, devem ser evitados nessa época de verão e tem alguns lasers também que devem ser evitados. Mas existem vários procedimentos que a gente pode fazer no verão sem problema algum, botox, preenchimento, bioestimulador, ultrassom microfocado, que a gente pode fazer em qualquer época do ano”, explicou.
Como identificar a insolação?
De acordo com a médica Rebeca Galvão, sentir a pele muito vermelha e com ardência, já são os indicativos.
“A insolação é decorrente dessa exposição prolongada em horários inadequados ao sol. A gente sente a pele mais vermelha, queimação, ardência, e aí a gente desidrata pelo excesso de exposição e pode acontecer as queimaduras mesmo, além dos sintomas mais graves da insolação. Quando a gente tem a desidratação, a gente pode ter taquicardia, pode ter cefaleia, dor de cabeça, náuseas, vômitos, que muitas vezes podem levar até a uma necessidade de atendimento hospitalar do paciente”, relatou.
Pele oleosa no verão, é normal?
Segundo a especialista, lavar demasiadamente o rosto além de causar ressecamento da pele, também pode provocar o surgimento da oleosidade.
“A oleosidade da nossa pele é uma tendência genética, mas no verão alguns motivos causam esse aumento de oleosidade. O próprio aumento da temperatura pode levar a um aumento da produção das nossas glândulas sebáceas, que levam a um aumento de oleosidade. O lavar o rosto mais vezes do que o necessário pode dar um efeito rebote, como a gente fala. A gente resseca demais a pele e acaba que a glândula sebácea vai produzir mais o sebo, levando também a uma oleosidade maior nesse período. Então a gente precisa realmente ter os produtos adequados para uma pele oleosa, hidratar a pele mesmo no verão para estar evitando esse excesso de oleosidade. Que pode provocar também piora de quem já tem acne ou até o surgimento de acne no verão também”, declarou.
No verão, é necessário redobrar a atenção com a acne, além do Melasma.
“A acne também é uma doença genética inflamatória da pele. A gente deve manter o tratamento de quem já vinha fazendo, vinha tendo o seu acompanhamento com produtos adequados para uma pele oleosa contendo ácido salicílico, zinco, às vezes produtos com veículos de uma textura mais leve, em cero, em gel, são melhores para uma pele que tem essa tendência a fazer acne. O melasma é um desordem de pigmentação da pele. A gente sabe hoje também que é uma doença inflamatória crônica, tem a ver também com o fotoenvelhecimento e é uma mancha que ocorre principalmente no rosto, mas pode acontecer também em regiões do nosso corpo, como colos, braços. E são manchas acastanhadas, que pioram muito no verão. Então, quem tem Melasma, o ideal é evitar o máximo se expor. Não que não vá em uma praia, não vá em uma piscina, mas vai nesses momentos onde o sol não tá muito intenso, onde tem o excesso da radiação, e sempre está usando bastante protetor solar e as proteções físicas que são extremamente importantes”, orientou.
A médica dermatologista também chamou a atenção daquelas pessoas que ficam expostas por muito tempo no sol, com o objetivo de bronzear o corpo.
“O bronzeado é lindo, mas dermatologista não gosta de pele bronzeada não, sendo muito sincera. Tem uma professora até que fala que o bronzeado é um grito de socorro da pele. Mas assim, quem quer ter a cozinha, tentar se bronzear de forma saudável, mesmo com filtro solar a gente consegue pegar uma cozinha, e tentar se expor com um tempinho mínimo. Se não puder, quem gosta mesmo, tomar aquele solzinho antes das 9h ou depois das 16h”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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