Iniciando os trabalhos de 2024, a APLB, juntamente com os professores da rede municipal de ensino, realizaram, na tarde desta sexta-feira (16) no auditório do sindicato, uma assembleia para discutir as principais pautas levantadas pela categoria, à exemplo do reajuste salarial e da jornada de trabalho dos profissionais.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente do sindicato, Marlede Oliveira destacou que uma das principais insatisfações da categoria neste ano, é o reajuste dos professores que não foi realizado. Ela também frisou que o jurídico do sindicato entrou com um pedido de audiência para debater o assunto com a Prefeitura Municipal de Feira de Santana.
“Nós estamos reunidos para discutir com os professores uma jornada de luta, que foi aprovada ano passado. Então nessa discussão, nessa assembleia, nós discutimos os informes jurídicos, a questão das nossas ações que estão lá, sobre reajuste salarial, porque o prefeito acabou com o plano de carreira da gente e o piso, por isso, a gente teve que ter também ação da Justiça. Temos ação de reajuste, mudança de referência, enfim. Mandamos um ofício, durante um ano, para o prefeito Colbert pedindo audiência, não teve, e agora, também enviamos outro, no dia 8 de fevereiro cobrando uma audiência para tratar, porque a gente precisa saber da nossa pauta. Inclusive, nessa pauta, está o reajuste, que foi zero no ano passado. Em 2023, alguns servidores públicos, que ele anunciou aí, teve 4% de reajuste, no nosso era 14,95%, mas foi zero. Em 2016, em 2022, foram apenas 5%, enfim. E essa tem sido a trajetória dos professores em Feira de Santana”, lamentou a presidente.
Merenda Escolar
Outro assunto evidenciado pela presidente da APLB nesta primeira assembleia, foi a pauta da merenda escolar na rede municipal de ensino. Segundo ela, o valor investido na alimentação dos estudantes foi triplicado e o alimento não será preparado em cada unidade escolar.
“Nesse sentido, eu quero dizer que a assembleia aprovou e vamos dar um prazo de 10 dias para o prefeito dar uma resposta sobre a nossa pauta. E, pela manhã, no dia 27, vai ter nova assembleia, porque a categoria vai para a luta. Aproveito para fazer aqui a denúncia do que aconteceu com a merenda. Não tinha merenda nas escolas. Agora, privatizaram a merenda. No ano passado, foi feito um investimento de R$ 21 milhões na merenda. Esse ano vai ser R$ 82 milhões. E aí, sabem o que eu quero dizer? Olha o valor exorbitante que teve, o salto que teve, o custo para a merenda. Só que agora vai ser uma empresa que vai levar a comida pronta nas escolas. Os professores estão todos assustados pois privatizou a cozinha da escola, imagina, uma empresa privada privatizou a cozinha da escola”, disse ao Acorda Cidade.
Marlede Oliveira ainda criticou a ação da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), e reforçou que uma nova assembleia será realizada no dia 27 deste mês, para solicitar respostas.
“O professor não vai poder entrar lá? O professor que trabalha no distrito, que leva a sua marmita, não vai poder mais deixar a sua quentinha lá, nem usar geladeira e nem o micro-ondas da escola. Imagina a que ponto nós chegamos, quer dizer, é o sucateamento mesmo da classe trabalhadora que tem feito pelo prefeito Colbert e pela secretária Anaci. Então, dia 27, tem nova assembleia, porque a categoria vai dar a resposta de todas as atitudes. E queremos a audiência para poder tratar da nossa pauta. A professora Anaci não tem resposta até hoje da nossa audiência, nem também do prefeito. Então, por isso, dia 27, 9h, a assembleia aqui na sede própria da APLB Sindicato”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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