Economia

Queda dos juros e renda ajudam a aquecer comércio em julho, diz IBGE

Setor que mais cresceu em julho foi o de equipamentos de escritório. Após a explosão de junho, venda de carros apresenta queda.

 

Acorda Cidade
 
A redução de juros, que incentiva os financiamentos, a estabilidade de empregos e o aumento da massa salarial ajudaram no crescimento do volume de vendas do comércio em julho, segundo Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Pelo segundo mês consecutivo, o varejo registrou alta nas vendas, atingindo 1,4% em julho, em relação ao mês anterior. Em junho, a taxa marcou 1,6% contra o crescimento negativo de maio de 0,8%.
 
Em julho, a receita nominal subiu 1,7%, a quinta alta consecutiva. Na comparação anual, o indicador subiu 10,3%. em termos acumulados, a receita tem alta de 11,8%, no ano, e de 11,3%, em 12 meses, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo IBGE nesta quinta.
 
O setor que mais cresceu em julho foi o de equipamentos de escritório, informática e comunicação, que apresentou taxa de 9,7% em relação ao mês anterior. Para Reinaldo, o índice não surpreende, sendo tradicional para o setor. O que surpreendeu, segundo o gerente, foi o resultado de junho, mês anterior, em que o segmento teve crescimento negativo (-12,5%) em relação a maio.
 
O gerente disse acreditar que tão baixo índice, compensado em julho com a alta de 9,7%, se deveu à escolha do consumidor, que preferiu investir prioritariamente nos produtos que estavam com redução de IPI como móveis e eletrodomésticos, deixando o computador e o celular para o mês seguinte.
 
Outro segmento com bom resultado em julho foi o de vestuário e calçados (2,4% contra 1,6% em junho). A explicação, segundo Pereira, pode estar na mudança de estação e na chegada às vitrines da coleção primavera-verão. Ele ressalta, porém, que o segmento vem sofrendo influência negativa dos produtos chineses e do comércio informal.
 
Estáveis em relação a junho, também colaborando para o resultado positivo de julho, estão o comércio de produtos de supermercados e de combustíveis e lubrificantes. a venda de carros, que explodiu em junho, quando apresentou crescimento de 23,9% em relação a maio, por causa dos benefícios fiscais do governo, teve retração em julho de -8,9%. Para o pesquisador, a situação não chega a ser grave pois, segundo disse, é comum após um mês de explosão de consumo, as compras naquele setor diminuírem.
 
Mas mesmo após dois meses de taxas positivas no varejo, o pesquisador prefere não afirmar que haja sinais de aquecimento na economia.
 
“Precisamos aguardar mais um tempo para saber o comportamento da economia como um todo. Se compararmos com o crescimento da indústria, o comércio tem performance melhor, mas temos que aguardar ainda”, disse.
 
Por região
 
O volume de vendas do comércio aumentou em todas as unidades da federação na comparação com julho de 2011. Os maiores avanços foram vistos em Roraima (28,8%), no Acre (17,6%), no Amapá (17,5%), no Mato Grosso do Sul (15,0%) e no Maranhão (12,1%), mas São Paulo exerceu a principal influência, com alta de 8,5%. As informações são do G1.
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