Carnaval de Salvador

Foliões do Muquiranas aderem à campanha “Não é Não”

Desde 2018, o MP faz tratativas com o bloco, o que resultou na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta.

as muquiranas carnaval de salvador 2024
Foto: Ascom/MP-BA

Foliões do tradicional bloco ‘As Muquiranas’ aderiram à campanha ‘Não é Não’, do Ministério Público do Estado da Bahia, que busca prevenir e combater a violência contra a mulher. Na tarde desta terça-feira de Carnaval, dia 13, a instituição marcou presença dentro do bloco tatuando os integrantes da agremiação e entregando ventarolas com a mensagem de combate à importunação sexual, crime punível com pena de um a cinco anos de prisão.

“A iniciativa faz parte de acordos desenvolvidas ao longo de todo o ano, no sentido de conscientizar, sobretudo, os associados do bloco, que historicamente causavam problemas de importunação contra as mulheres”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres (Nevid) do MP, promotora de Justiça Sara Gama.

Ela registrou ainda que durante a passagem pelos circuitos, as equipes do MP eram abordadas por mulheres relatando se sentirem mais seguras e respeitadas pelos foliões do bloco. “Isso nos mostra que homens conscientes se tornam parceiros. Precisamos a cada ano trazer mais homens para esse enfrentamento e essa luta por uma sociedade melhor”, ressaltou Sara Gama.

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Foto: Ascom/MP-BA

Desde 2018, o MP faz tratativas com o bloco, o que resultou na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta, no qual prevê a proibição do uso de pistola de água pelos foliões e uma numeração na fantasia para facilitar a identificação de quem, porventura, venha cometer algum tipo de infração penal. O TAC prevê ainda que o bloco deve disponibilizar canal de denúncias via WhatsApp e rede social e não fomentar a utilização de fantasias que erotizem profissões ocupadas majoritariamente por mulheres.

Ao longo do dia, a equipe do MP, composta também pela promotora de Justiça Verena Leal, visitou o Observatório da Discriminação racial, LGBT e Violência contra a Mulher, onde se reuniram com a secretária municipal de Reparação, Ivete Sacramento, e conversaram sobre ações de conscientização da redução de violências racial, de gênero e contra a população LGBTQIAPN+.

O plantão integrado do MP segue até amanhã, dia 14, das 8 às 20h. O posto fixo de atendimento está funcionando na sede do MP, na Avenida Joana Angélica, nº 1.312, no bairro de Nazaré, em Salvador. O cidadão também pode acionar a instituição no Disque 127 e no site atendimento.mpba.mp.br.

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Tutinho Maia

Não é não também serve para trabestis?

Queu

Concordo com a campanha . Mais também existe excesso por parte de certas denúncias viu. Daqui uns dias a reprodução humana vai esta em extinção um homem não vai poder mais olhar para uma mulher. 1 a 5 anos de cadeia. Se dê uma cantada pena de morte

Fazuele@otario.com

Mulher no carnaval de SSA não acha nada .. .só *** a da em doido… E ainda me vem com esse mimimi

Sujismundo

Se o senhor não tem competência de conversar e conquistar uma mulher ou de ser bonito pra atrair o olhar, não questione quem o faz. Você é aquele tipo que diz “a mulher foi estuprada por que mereceu, com aquela roupa queria o que?”