A Polícia Federal afirmou, em relatório que embasou a operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores investigados por tentar dar um golpe de Estado, que o Partido Liberal sofreu uma “instrumentalização” durante as eleições de 2022, a fim de financiar uma estrutura de apoio à invalidação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.
Segundo a PF, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, foi o “principal fiador” de questionamentos da legenda contra a lisura do processo eleitoral de 2022.
As informações constam da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação deflagrada nesta quinta-feira (8) contra militares e ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL).
Endereços ligados a Valdemar Costa Neto e a sede do PL foram alvo de buscas e apreensões. Ao todo, foram 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Houve, ainda, medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos (veja aqui lista completa dos alvos).
No documento, Moraes aponta que, segundo a Polícia Federal, o avanço das investigações demonstrou o uso do PL no financiamento de uma “estrutura de apoio as narrativas que alegavam supostas fraudes às urnas eletrônicas, de modo a legitimar as manifestações que ocorriam em frentes as instalações militares”.
Fonte: g1
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