Na manhã desta quinta-feira (1º), a Câmara Municipal de Feira de Santana iniciou às atividades do ano de 2024 no Centro de Cultura Amélio Amorim. O retorno não aconteceu na Casa da Cidadania porque o prédio passará por uma reforma, cuja obra ainda está paralisada.
O anfiteatro do Amélio Amorim já recebeu sessões da câmara no passado pelo mesmo motivo. Desta vez, o espaço recebeu vereadores, secretários municipais e a sociedade civil mais uma vez para participar da abertura dos trabalhos. A transferência foi autorizada mediante deliberação da mesa diretiva composta pela presidente Eremita Mota (PSDB).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente falou sobre a necessidade da reforma e o atraso para entrega devido à interdição executada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
“Estou ali há 20 anos, com goteiras, com infiltrações, com elevador quebrado, sem estrutura nenhuma para receber a população feirense, as autoridades. Então foi necessário tomar essa decisão, essa coragem de fazer, sabendo-se que teve que também se pautar no horário público para ver se dava para fazer ou não. É impossível se deixar um patrimônio público daquela maneira. É questão de tempo, poderíamos estar começando lá, mas nós paramos duas semanas, foi parada pela questão do poder público ter mandado barrar a obra”, informou.
Segundo Eremita, o governador Jerônimo Rodrigues ofereceu ajuda para encontrar um local adequado para realizar a sessão de abertura e ela acabou escolhendo o Amélio Amorim pela comodidade para todos e pela estrutura ampla.
O prefeito de Feira, Colbert Martins Filho, também participou da solenidade. Durante seu discurso, ele fez uma homenagem ao professor Jorge Cazumbá, que faleceu no último dia 22. Ele também pediu a atenção dos edis para as últimas chuvas que causaram estragos na cidade.
“Terminei por fazer um apelo à presidente e à Câmara de Vereadores para o fato mais forte que aconteceu uma semana atrás com tantas pessoas atingidas em Feira, que é um investimento importantíssimo com relação às questões que dizem respeito à drenagem urbana. Nós precisamos fazer investimentos em drenagem urbana o mais rapidamente possível porque chuva foi, mas chuva volta”, declarou.
Em relação às ações para amenizar os estragos dos alagamentos na cidade, Colbert informou que 100 colchões chegaram ontem (31), está sendo realizada a distribuição de cestas básicas e que, o aluguel social também está sendo reforçado para atender quem as pessoas afetadas pelas últimas chuvas.
Segundo o prefeito, os maiores investimentos estão sendo na área de educação com as ampliações e reformas prediais da rede infantil e da implantação das escolas de ensino integral. Durante a abertura, ele ainda pontuou a importância de alguns programas sociais, como Criança Feliz e Alimenta Brasil, além de alertar para o aumento da dengue em Feira de Santana.
“Depois das chuvas o principal objetivo é infraestrutura. Precisamos recuperar essa drenagem que daqui a pouco chove novamente. Nas questões que dizem respeito também a manter a educação como está, estamos com mais de 20 perspectivas de inauguração logo agora. Do Hospital Municipal que o projeto já está andando, da PPP do Joia, de trazermos a regulação da Zona Azul funcionando em Feira”, explicou.
Novos agentes de endemias também serão convocados via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), em torno de 50 profissionais deverão reforçar o combate à dengue na cidade. Já a vacina para a doença deve começar a ser aplicada ainda este mês em crianças de 10 a 14 anos.
Ainda segundo o prefeito, mais dois carros de fumacê foram solicitados para intensificar as ações de prevenção à doença.
Outro assunto apontado por ele foi o orçamento do município de 2024, aprovado pela Mesa Diretiva, sem a presença da presidente Eremita, no dia 27 de dezembro. Até o momento, o Tribunal de Contas dos Municípios não liberou a receita da cidade para o Exercício Financeiro deste ano.
O líder do governo na Câmara, José Carneiro Rocha, também falou sobre a necessidade de desobstrução do orçamento e pontuou que, da parte dele, não há maiores perspectivas de mudanças com relação ao diálogo entre o governo municipal e a Casa da Cidadania.
“Acredito que vai continuar da mesma forma que convivemos o ano passado. Eu não vejo perspectiva de mudanças, só espero que a gente consiga mais um ano de mandato, todos nós temos mais um ano, aliás 11 meses que nos restam, esperançoso de que cada um de nós possa trabalhar visando o bem-estar da população”, declarou.
Além disso, José Carneiro ressaltou o empréstimo solicitado pela prefeitura no valor de 150 milhões que deve ser uma das ações prioritárias do governo municipal neste último ano de mandato.
“Um dos objetivos, segundo o prefeito Colbert, com esses recursos, é que ele consequentemente faria obras que eliminariam alguns alagamentos, a exemplo da Gabriela, da Baraúna, enfim, e eu acredito que seja um dos projetos prioritários para o governo”, finalizou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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