Brasil

Vazamento de ácido em rio deixa 75% de Joinville sem abastecimento de água, diz prefeitura

Estação de Tratamento do Cubatão, que abastece 34 dos 43 bairros da cidade foi fechada. Com desabastecimento, moradores de Joinville correram para os mercados para comprar o produto em galões.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Joinville
Foto: Divulgação/Prefeitura de Joinville

Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, registra 75% da cidade sem abastecimento de água após um vazamento de ácido sulfônico no Rio Seco, ocorrido na manhã desta segunda-feira (29). A substância, que formou uma espuma branca ao longo do leito, é considerada tóxica.

O vazamento ocorreu após um caminhão que carregava ácido sulfônico tombar e pegar fogo por volta das 7h na SC-418, na Serra Dona Francisca, em Joinville. O produto escorreu e chegou até o Rio Seco, que deságua no Rio Cubatão, formando uma espuma branca.

Por causa do incidente, o abastecimento na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cubatão, que atende 34 dos 43 bairros da cidade, foi fechada. Essa estação abastece 75% da cidade, segundo a prefeitura de Joinville.

Considerado tóxico, o ácido sulfônico é usado para produzir detergentes líquidos, desengraxantes, multiusos, dentre outros. Conforme a Defesa Civil, ele pode provocar irritação nas vias respiratórias, queimaduras e lesões oculares.

Às 18h18 desta segunda, a Polícia Militar informou SC-418, rodovia onde houve o vazamento, foi totalmente interditada para a retirada dos galões que seguem no local e do caminhão. Não há previsão de liberação da via.

O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) disse que as equipes avaliam os impactos do meio ambiente no local, verificando a extensão do dano. Conforme o órgão, o objetivo é “levantar todo o panorama, e, posteriormente, cobrar e fiscalizar a reparação ambiental na área atingida”.

Técnicos da Companhia Águas de Joinville estão monitorando a água do Rio Cubatão desde a manhã, conforme a prefeitura. De acordo com a companhia, as medições apontam para uma redução na taxa de contaminação, mas ainda não há previsão de abertura da captação e normalização dos serviços.

Corrida ao mercado

Com o desabastecimento de água, os moradores de Joinville correram para os mercados para comprar o produto em galões. Os estabelecimentos registraram tumulto, longas filas e falta de garrafas de água desde o início da tarde desta segunda.

Ao menos quatro mercados da região central do município ficaram sem garrafas de água para vender já no início da tarde. Imagens mostram pessoas nas filas dos caixas, com carrinhos de compra lotados de garrafas, além de prateleiras vazias (veja abaixo).

O g1 SC buscou contato com a Associação Catarinense de Supermercados (Acats), que informou que a reposição depende do “estabelecimento e estoque de cada um”.

Investigação

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do derramamento. Segundo a delegada Tânia Harada, o local já foi periciado e a empresa responsável pelo transporte, identificada.

A delegada informou que pedirá perícia também do caminhão. Eventuais irregularidades no transporte da carga serão apuradas.

O motorista do caminhão ficou ferido. De acordo com o Hospital Municipal São José de Joinville, em boletim das 19h13 desta segunda, ele tinha quadro de saúde estável e passará a noite na unidade em observação.

Fonte: G1

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários