Feira de Santana

Feira de Santana: infecções sexualmente transmissíveis aumentaram entre idosos em 2023

A não preocupação com risco de gravidez, pode ser um dos motivos pelos quais deixam de usar preservativos.

HIV
Foto: Secom

A Prefeitura de Feira de Santana, através do Centro Municipal de Infecções Sexualmente Transmissíveis, registrou um aumento no número de doenças em pessoas idosas no ano de 2023.

Enquanto que em 2022, 11 casos foram notificados, 2023 atingiu a marca de 17 pessoas infectadas pelo vírus HIV.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com a coordenadora do Centro, Vanessa Sampaio. Segundo ela, em todo o Brasil, o número de pessoas idosas acometidas pelo vírus subiu quatro vezes, o que não é diferente em Feira de Santana.

Vanessa Sampaio
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Em relação ao número de idosos acometidos pelo vírus do HIV, existe um alerta que durante 10 anos, este número subiu quatro vezes aqui no Brasil. Em Feira de Santana, a gente já percebe que existe um número importante de ser avaliado e de ser analisado. Em 2022 foram 11 casos e neste ano de 2023, foram 17 idosos acometidos”, pontuou.

De acordo com Vanessa, a população mais idosa não possui preocupação com gravidez, e este pode ser um dos motivos pelos quais deixam de usar preservativos.

“Esse aumento faz com que a gente realize uma análise muito importante do que está acontecendo. Hoje essa população não tem a preocupação com o risco de gravidez, no quesito das mulheres. Já para os homens, existe o uso dos medicamentos para disfunção erétil, o que contribui para a falta do uso do preservativo, então estes podem ser os motivos pelos quais, os idosos são acometidos pela doença”, declarou a coordenadora do Centro em entrevista ao Acorda Cidade.

Para reduzir os riscos ou até mesmo evitar a doença, o mais indicado é a utilização de preservativos.

“O HIV passa por várias fases, onde percebemos que a doença não tem cara, não tem sexo, não tem faixa etária. Então o mais importante é realizar a prevenção da melhor forma possível. Hoje a gente fala de prevenção combinada, e que são números de estratégias para que a gente possa realizar essa prevenção, então temos o próprio uso do preservativo, a PEP, que é a Profilaxia Pós-Exposição ou a PREP, Profilaxia Pré-Exposição e também carga viral indetectável. O paciente hoje que vive com o vírus do HIV, tendo adesão ao tratamento, fazendo uso da terapia antirretroviral, ele tem condição de ter carga viral indetectável, e carga viral indetectável é intransmissível”, explicou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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