Feira de Santana

Médico explica sobre doenças do aparelho digestivo e tratamentos oferecidos no HGCA

Mais de dois mil procedimentos de endoscopias foram realizados no HGCA em 2023.

Foto: Ascom/HGCA
Foto: Ascom/HGCA

O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, realizou mais de três mil procedimentos endoscópicos pelo Centro de Hemorragia Digestiva do Interior (CHDI) somente no ano de 2023. Este número representa um aumento notável de 439% em comparação ao mesmo período do ano de 2022, quando foram realizados 589 exames.

De acordo com a direção da unidade hospitalar, foram feitas 2.029 endoscopias, 343 Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE), 646 colonoscopias e outros 161 exames realizados para diagnóstico e tratamento das doenças das vias biliares e pancreáticas.

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade, o médico endoscopista e coordenador do CHDI, Victor Galvão, chamou a atenção para os hábitos de vida das pessoas, sobretudo no diagnóstico precoce das doenças do aparelho digestivo.

Médico Endoscopista
Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade

“A nossa atenção deve ser para a atenção primária, para a saúde primária, principalmente na prevenção das doenças, então isso apresenta um trabalho árduo que deve ser feito com os agentes comunitários, com as visitas de saneamento básico, sobretudo com relação às condições de higiene, de acesso para informação de qualidade para que se tenha também, uma alimentação de qualidade, hábitos de vida com qualidade para que a gente evite ter esses tipos de doenças ou diagnósticos em fases mais avançadas. Esse volume do HGCA surgiu para responder uma grande demanda de procedimentos, como é o caso do CPRE, um dos procedimentos mais complexos da endoscopia digestiva, que envolve situação de emergência e aqui não tinha, o paciente tinha que esperar uma vaga no Hospital Roberto Santos, então tudo isso é resultado de um trabalho que já vinha sendo executado desde a diretoria anterior, como essa atual”, informou o médico.

Segundo o endoscopista Victor Galvão, muitos pacientes apresentam dores abdominais e ao realizarem o processo de rastreamento, é identificado problemas como gastrite, H. pylori e até mesmo câncer.

“O serviço agora com essa perspectiva de residência médica, ela começa a pleitear procedimentos mais ambulatoriais, como a gastrite, H. pylori, dores abdominais, até a própria colonoscopia para rastreamento de câncer, quando o paciente não sente nada, mas as maioria dos nossos exames foram indicados por urgência. Então existe um plantão que funciona 24 por 7, temos plantonistas no período da noite, aos finais de semana, prontos para agir em caso de intercorrências. Como o HGCA é um hospital de urgência, nós recebemos muitos pacientes pela emergência e pela regulação dos interiores que não possuem colonoscopia, estes pacientes apresentam dores abdominais com suspeita de obstrução, acaba tendo um sangramento e quando tem um diagnóstico final, é câncer de intestino ou o câncer gástrico, então o maior serviço de endoscopia do interior do estado, está aqui em Feira de Santana”, pontuou.

H. pylori

Também chamada de Helicobacter pylori, é uma bactéria comumente encontrada no estômago e está presente em aproximadamente metade da população mundial. De acordo com Victor Galvão, existe uma pequena possibilidade desta bactéria se tornar um câncer.

“H. pylori é uma infecção causada por uma bactéria que povoa no estômago, é uma infecção comum nos seres humanos, mas que possui alguns fatores, pois essa bactéria pode se transformar em um câncer, pode ter outras inflamações como gastrite, dores, mas com relação ao câncer, isso é uma raridade e podemos adotar hábitos de vida saudáveis, cuidando da nossa prevenção, ou seja, sempre que tivermos sintomas, procurar um médico, procurar um gastro, um endoscopista para seguir as orientações. Existe um tratamento, mas eu posso dizer que é um tratamento chato pois é utilizado antibióticos por 14 dias, mas ele bem feito, erradica cerca de 90 até 92% dos casos, ou seja, é necessário manter o tratamento contínuo rigorosamente, pois caso isso não seja feito, pode induzir uma resistência ao medicamento”, explicou o médico Victor Galvão.

Ouça a entrevista na íntegra:

Leia também: Hospital Clériston Andrade teve aumento de 439% no número de endoscopias realizadas em 2023

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