Com os homicídios registrados no último fim de semana no bairro Mantiba, em Feira de Santana (veja mais aqui), a 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) adotou medidas a fim de reduzir o índice de violência e consequentemente aumentar a sensação de segurança aos moradores que vivem no local.
Em 2023, somente três homicídios foram registrados no bairro. Porém, com o mesmo número de mortes violentas ocorreram somente no último fim de semana, acendendo o alerta ao comando que, inclusive, já está nas ruas para coibir novas ocorrências.
O Acorda Cidade esteve com o Capitão PM Djomar, Comandante interino da 66ª CIPM, que detalhou o trabalho da Polícia Militar na região da Mantiba nesta semana e demais áreas de Feira de Santana, após o grande número de homicídios, que totalizou nove (veja aqui).
“As comunidades de Feira de Santana em que a 66ª tem laborado, trabalhado, nós sabemos que neste fim de semana houve uma série de homicídios, não só na região da Mantiba, mas pulverizado em toda a cidade. Isso trouxe um alerta, uma preocupação para o Comando de Policiamento Regional Leste. O Coronel Lopes tem se preocupado muito com essa questão, mas tem trabalhado diuturnamente e não tem medido esforços para tentar trazer melhores dias para a região de Feira de Santana”, declarou.
O policial destacou que a PM busca ações preventivas e repressivas para coibir esse tipo de ocorrência. Contudo, os homicídios são questões personalíssimas.
“Quando um indivíduo coloca na cabeça que vai tirar a vida do outro, é muito difícil reverter essa situação. Mas, estamos nas ruas, abordando, buscando verificar essas situações e trazer dias melhores para as comunidades da CIPM e da região da Mantiba. Nós observamos que em 2023 tivemos 3 ocorrências dessa natureza na Mantiba e duas tentativas. Essa situação que aconteceu no último fim de semana fugiu da curva da estatística e nós reforçamos o policiamento local”, explicou.
Canais de denúncias
Além do trabalho efetivo da Polícia Militar no bairro da Mantiba, as denúncias também podem colaborar para a redução da criminalidade. A denúncia é anônima e pode ser feita através dos canais da Polícia.
“Estamos atuando neste exato momento, com viaturas de duas rodas e também com viaturas de quatro rodas, o nosso Peto está atuante. Temos desenvolvido ações na Mantiba para pacificar a região e trazer a sensação de segurança para os moradores. Outrora, foram feitas reuniões do comando da 66ª, no comando do major Lessa, com alguns edis da Câmara Municipal e foram pontuadas algumas situações que não esquecemos. Mas, temos o 190 e mais um telefone que serve para denúncias (75) 998581259.
Ao Acorda Cidade o comandante informou que as denúncias da região do bairro da Mantiba não estavam chegando até a polícia.
“As denúncias não estavam chegando, então, para nós, as coisas estavam acontecendo de forma pacífica. Os problemas não estavam tão exaltados, mas com os acontecimentos do fim de semana, o policiamento foi reforçado. Pedimos para que os moradores entrem em contato para fazer denúncias, até mesmo de circulação de pessoas ou veículos suspeitos. Não vamos aceitar fatos que vêm acontecendo de indivíduos tentando dominar certos locais, então, denunciem. Não precisa se identificar, é de forma anônima. Temos agentes que nos ajudam a verificar de forma velada para trazer a informação, um policiamento ordinário e ostensivo para nós atuarmos”, disse Djomar.
O tráfico de drogas é uma das maiores motivações para o índice de homicídios em Feira de Santana. De acordo com o Comandante, a criminalidade é uma realidade e pode ceifar a vida de muitos jovens que teriam grandes oportunidades.
“A maioria esmagadora dos homicídios que estão ocorrendo em Feira de Santana e na nossa área são resultados de ações relacionadas ao tráfico de drogas. Gostaria de deixar claro para as famílias, para os jovens, que não é compensador se envolver com o tráfico. O Governo do Estado tinha uma propaganda que dizia que o tráfico só levava a duas situações, para o cemitério, ou para a cadeia. Isso é uma realidade. A maioria das vítimas é de jovens, na faixa etária de 15 a 30 anos de idade, pessoas que teriam a vida toda pela frente e, no entanto, estão em uma posição que ninguém deseja. Deixo claro para as famílias que tomem conta dos seus filhos, percebemos que não só homens, mas mulheres também têm andado por esse caminho e pagado um preço alto, mulheres vitimadas pelo tráfico de drogas”, finalizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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