Feira de Santana

Projeto Fênix: Seap e Bahia Pesca lançam projeto de piscicultura no Conjunto Penal de Feira de Santana

Cerca de 40 detentos serão capacitados para produzir uma tonelada de tilápias na unidade prisional.

Lançamento Projeto Fênix
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) e a Bahia Pesca, realizaram nesta quarta-feira (24), o lançamento de um projeto piloto de piscicultura no Conjunto Penal de Feira de Santana. O objetivo do projeto é contribuir para a ressocialização dos internos.

O Projeto Fênix prevê uma unidade demonstrativa de piscicultura em sistema de recirculação de água, integrado à produção de hortaliças e suinocultura já existentes na unidade prisional.

Inicialmente, 40 dos 1.735 detentos serão capacitados para produzir aproximadamente uma tonelada de tilápias a cada ciclo de sete meses. O custo de implantação da unidade piloto é de R$ 88 mil, com previsão orçamentária de investimento até R$ 500 mil na expansão do projeto para outras unidades do sistema prisional do estado.

Lançamento Projeto Fênix
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, José Antônio Maia Gonçalves, informou que o projeto é inovador em todo o Brasil, e tem como objetivo, qualificar os detentos, para que ao saírem da unidade prisional, já tenham uma capacitação.

“O projeto tem como foco, o trabalho para os presos, a qualificação deles para quando saírem daqui. A cada dia de trabalho, será correspondido a um dia de pena remido, até porque ninguém vai ficar preso eternamente, um dia eles irão sair, e ao saírem estão qualificados para exercer o trabalho aprendido aqui. Este é um projeto piloto, inovador em todo o Brasil, a Bahia Pesca junto com a Seap estão implantando aqui em Feira de Santana, e posteriormente, implementaremos em todas as penitenciárias da Bahia”, explicou.

De acordo com o secretário, toda produção será doada para famílias em vulnerabilidade social, inclusive dos detentos.

“Toda produção será revertida para as famílias em estado de vulnerabilidade, como os próprios familiares dos detentos. Independente disso, vai ser consorciado com a horta que nós já temos implementada e a pocilga. Das 27 unidades federativas, foi o nosso governo que fez isso, inclusive o diretor Júnior já me disse que outros estados já ligaram procurando saber como é que faz, quais são os procedimentos, então a ideia foi nossa, procuramos a Bahia Pesca e conseguimos concretizar, ou seja, no Brasil inteiro, somos o primeiro estado a realizar este projeto”, declarou.

Ao Acorda Cidade, o diretor-presidente da Bahia Pesca, Daniel Victoria, também destacou esta ação, que busca capacitar detentos para uma profissão futura.

Daniel Victoria
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“A intenção justamente é essa, é a gente conseguir que após o período penal, ele consiga ter uma geração de renda futura, uma ressocialização completa. Aqui o governo do estado já faz um projeto belíssimo com suinocultura, com horta, com vários outros processos de ressocialização, e agora, é mais um que o governo do estado implementa aqui. O governador Jerônimo é um governador sensível à causa, fez questão de cada vez mais investir. Aqui é a pioneira no Brasil, Feira de Santana, e em breve com certeza em toda a Bahia, em todos os presídios. É uma implantação muito rápida, é um tanque suspenso, que acredito que em pouco tempo já estará aqui efetivo. A Bahia Pesca dará uma capacitação para os detentos, para que esse processo tenha começo, meio e fim. E a partir disso, eu acredito que em pouco menos de seis meses a gente já tenha a primeira despesca para conclusão da primeira fase do trabalho”, afirmou.

O diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana, José Freitas Júnior, informou à reportagem do Acorda Cidade que a ideia surgiu de um colaborador da unidade que foi levada até a Seap.

José Júnior
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Hoje nós temos aqui hortas, criação de suínos, frangos, e agora com o projeto piloto a nível nacional, a piscicultura, que serão tanques de tilápia, um convênio firmado hoje com o nosso secretário e o presidente da Bahia Pesca, Daniel Vitória. A ideia partiu de um colaborador nosso, Danilo Calmon, e procuramos o presidente da Bahia Pesca e ele de pronto aceitou a proposta e hoje está se tornando realidade”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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