Denúncias estão chegando à produção do Acorda Cidade relatando a falta de pagamento às pessoas que trabalharam no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Feira de Santana. As provas foram aplicadas em dois domingos consecutivos, 5 e 12 de novembro.
Ailton dos Santos Miranda prestou o serviço na equipe de apoio do Colégio Padre Ovídio. Ele relatou como foi os dias trabalhados e como está a situação da falta de pagamento sem a posição de nenhum órgão responsável.
“A gente largou nossa família em casa, no dia de domingo, trabalhou, chegamos 8h até 20h para trabalhar, e até agora não saiu nada. Ninguém dá uma explicação. Tem a nossa família e a gente precisa de alguém de direito que dê algum sinal, alguma posição, porque a gente necessita desse dinheiro. Nós trabalhamos porque precisamos”, relatou.
Segundo o rapaz, as pessoas que prestaram serviço na equipe de apoio tem a receber em torno de R$ 80 a R$ 90. Inclusive, ele conta que nos dias de aplicação da prova, teve gastos com transporte e alimentação.
“Eu tenho um colega que saiu da pedra ferrada, e domingo é difícil o ônibus, deve ter vindo de Uber, na volta também, teve um almoço que é R$16 a R$20, quando a gente vem receber esse dinheiro aí é R$40 a R$50, porque a gente teve gasto, um gasto danadinho que tem que passar praticamente quase dois meses para receber um dinheiro, e ninguém dá uma posição para a gente”.
O homem ainda explica que não tem retorno da coordenação com quem trabalhou e que só tem as informações do edital confirmando que a Cebraspe foi a banca responsável pela prova.
“A gente não tem conhecimento, não tem contato com ninguém, a gente procura a coordenadora, eu sei que ela não é culpada e está no mesmo barco da gente, mas ela não tem posição nenhuma para dar, porque eu acredito que ela não tem informação também”, disse.
O rapaz já participou de outras edições do Enem trabalhando na organização e confirma que o pagamento é efetuado no máximo com oito dias, mas até o momento, nenhum posicionamento foi tomado.
“Alguém de direito que está à frente desse concurso, que dê uma posição, eles têm o contato de todos nós, a nossa conta bancária está toda à disposição deles, então precisamos de uma posição para receber esse dinheiro. Final de ano a gente está precisando pagar a conta, se a gente trabalhou, porque a gente precisa desse dinheiro, agora passar dois meses para pagar uma quantia dessa aí, fica difícil”, desabafou.
Ainda segundo o denunciante, não houve retorno nenhum por parte da coordenação geral, somente de uma responsável que tomou conta do colégio em que ele trabalhou.
“Não termos informação nenhuma, a gente não sabe a quem procurar. A menina que sempre fala, a gente entra em contato com ela, entra lá no colégio, ela sempre fala que está no mesmo barco da gente, mandando a gente procurar alguém que seja de direito”, concluiu.
O Acorda Cidade está buscando retorno com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Com informações da repórter Iasmim Santos do Acorda Cidade
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