Feira de Santana

Trabalhador que prestou serviço no Enem 2023 relata falta de pagamento 

Ele relatou como foi os dias trabalhados e como está a situação da falta de pagamento sem a posição de nenhum órgão responsável. 

Pré-Enem
Foto: Secom

Denúncias estão chegando à produção do Acorda Cidade relatando a falta de pagamento às pessoas que trabalharam no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Feira de Santana. As provas foram aplicadas em dois domingos consecutivos, 5 e 12 de novembro.

Ailton dos Santos Miranda prestou o serviço na equipe de apoio do Colégio Padre Ovídio. Ele relatou como foi os dias trabalhados e como está a situação da falta de pagamento sem a posição de nenhum órgão responsável. 

“A gente largou nossa família em casa, no dia de domingo, trabalhou, chegamos 8h até 20h para trabalhar, e até agora não saiu nada. Ninguém dá uma explicação. Tem a nossa família e a gente precisa de alguém de direito que dê algum sinal, alguma posição, porque a gente necessita desse dinheiro. Nós trabalhamos porque precisamos”, relatou.

Segundo o rapaz, as pessoas que prestaram serviço na equipe de apoio tem a receber em torno de R$ 80 a R$ 90. Inclusive, ele conta que nos dias de aplicação da prova, teve gastos  com transporte e alimentação.

“Eu tenho um colega que saiu da pedra ferrada, e domingo é difícil o ônibus, deve ter vindo de Uber, na volta também, teve um almoço que é R$16 a R$20, quando a gente vem receber esse dinheiro aí é R$40 a R$50, porque a gente teve gasto, um gasto danadinho que tem que passar praticamente quase dois meses para receber um dinheiro, e ninguém dá uma posição para a gente”.

O homem ainda explica que não tem retorno da coordenação com quem trabalhou e que só tem as informações do edital confirmando que a Cebraspe foi a banca responsável pela prova. 

“A gente não tem conhecimento, não tem contato com ninguém, a gente procura a coordenadora, eu sei que ela não é culpada e está no mesmo barco da gente, mas ela não tem posição nenhuma para dar, porque eu acredito que ela não tem informação também”, disse.

O rapaz já participou de outras edições do Enem trabalhando na organização e confirma que o pagamento é efetuado no máximo com oito dias, mas até o momento, nenhum posicionamento foi tomado. 

“Alguém de direito que está à frente desse concurso, que dê uma posição, eles têm o contato de todos nós, a nossa conta bancária está toda à disposição deles, então precisamos de uma posição para receber esse dinheiro. Final de ano a gente está precisando pagar a conta, se a gente trabalhou, porque a gente precisa desse dinheiro, agora passar dois meses para pagar uma quantia dessa aí, fica difícil”, desabafou.

Ainda segundo o denunciante, não houve retorno nenhum por parte da coordenação geral, somente de uma responsável que tomou conta do colégio em que ele trabalhou. 

“Não termos informação nenhuma, a gente não sabe a quem procurar. A menina que sempre fala, a gente entra em contato com ela, entra lá no colégio, ela sempre fala que está no mesmo barco da gente, mandando a gente procurar alguém que seja de direito”, concluiu. 

O Acorda Cidade está buscando retorno com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Com informações da repórter Iasmim Santos do Acorda Cidade

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Manoel Cintra dos Santos

Trabalhei também nas provas do Enem a primeira vez pra mas nunca além de ser um trabalho extressante é essa demora pra paga fora as pressões da coordenação.

Ricardo

Rapaz vcs tem que procurar a justiça ⚖️ em relação a essa situação.

Aline da Silva Rodrigues

Eu também fui colaboradora do Enem 2023 em Itaquaquecetuba SP e também não recebi. Um descaso com os trabalhadores que não tem nenhuma resposta da Cebraspe.

Elania Evangelista de Melo

Eu tbm fui colaboradora no Enem, aínda não recebi. Cidade Palmeirópolis Tocantins

Almir Moreira de Souza

Isso é uma vergonha falta de respeito com os servidores nem satisfação dá