Julgar as pessoas não é uma atividade das mais simples. É difícil fazer um julgamento quando sabemos que também temos nossos defeitos. Há uma história do discípulo que perguntou para o mestre:
– Como devo me comportar quando estiver julgando meus companheiros?
E o mestre respondeu para o aluno:
– Quando for julgar seus companheiros, procure olhá-los nos olhos e a si mesmo.
– Mas isso não é uma atitude egoísta?- questionou o discípulo.
– Não, não é uma atitude egoísta, pelo contrário. Se ficarmos preocupados conosco, jamais veremos o que os outros têm de bom para oferecer. Quem dera sempre conseguíssemos ver as coisas boas que estão à nossa volta! Na verdade, quando olhamos o próximo, estamos apenas procurando defeitos. Tentamos descobrir sua maldade porque desejamos que seja pior que nós. Nunca o perdoamos quando nos fere porque achamos que jamais seríamos perdoados pôr ele.
Conseguimos feri-lo com palavras duras, afirmando que dizemos a verdade, quando estamos apenas tentando ocultá-la de nós mesmos. Fingimos que somos importantes, para que ninguém possa ver nossa fragilidade.
Pôr isso, sempre que estiver julgando o seu irmão, tenha consciência de que é você quem está no tribunal.