Com o objetivo de oferecer uma experiência musical aos moradores dos bairros Asa Branca e Pampalona em Feira de Santana, um tenor feirense, realizou na noite de segunda-feira (25), um concerto de Natal em frente à sua residência, localizada na Rua Augusto Severo, bairro Asa Branca.
Centenas de pessoas prestigiaram a apresentação. O evento ainda teve como propósito a arrecadação de alimentos para serem doados a famílias carentes e aconteceu de forma totalmente social, sem o apoio da prefeitura.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Ronald Martins, que além de tenor é filósofo, destacou detalhes sobre a experiência musical.
“O objetivo nada mais foi do que dar acesso a cultura, uma cultura erudita as pessoas. Costumo dizer e me incomodo com uma frase a qual a população sempre diz que é ‘o baiano não tem cultura’, e é pelo contrário. O baiano não tem é acesso à ela. Chega um período natalino e você pode oferecer isso as pessoas, onde também não precisamos esperar pelo poder público, já que solicitamos quatro refletores e não chegou até nós. Então, se o governo não faz, nós estamos aqui para fazer”, disse.
O tenor reforçou ainda a importância da comunidade no sentido de beneficiar famílias carentes com a doação de alimentos. Também, a oportunidade de evidenciar jovens talentos.
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“Natal é tempo de fraternidade, de doação. Não adianta termos uma mesa vasta se o irmão do seu lado está precisando, passando dificuldade. Então, o objetivo dos alimentos que foram doados pela comunidade é justamente formar cestas básicas e sair distribuindo. Estou na área há 15 anos trazendo esses espetáculos também para dar oportunidade a tantos talentos que nossa sociedade tem, mas por conta da viabilidade econômica, não tem acesso a música. Esse também é um objetivo, mostrar os talentos que a terra tem, mas não tem oportunidade”, declarou.
Ronald Martins finalizou agradecendo os seus parceiros e amigos que abraçaram a causa.
“Temos empresas, pessoas solícitas junto ao evento. Isso é importante porque você percebe que o povo apoia, um evento de cunho europeu, mas realizado em um bairro periférico”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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