Daniela Cardoso
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Os professores da rede estadual de Feira de Santana confirmaram a suspensão da greve da categoria, depois de 115 dias parados, durante assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (3). Em uma assemblea geral, em Salvador, o término da greve já havia sido definido na manhã de hoje. O presidente da APLB-Feira, Germano Barreto, afirmou que apesar do governo não ter atendido todas as reivindicações, a greve foi vitoriosa.
“Foi a maior missão de cidadania que os professores já construiu, porque foi estabelecida em manifestações nas ruas e suportado até a fome devido ao corte de salário. Estamos suspendendo o movimento não por medo do governo e sim pela questão da fome e devido aos alunos para que eles não sejam mais prejudicados do que já foram”, afirmou.
Germano ressaltou que a proposta do governo não foi aceita e que a categoria vai continuar as mobilizações. “Vamos apenas mudar a estratégia. Não concordamos com a proposta econômica”, disse.
Nesta quinta (2) o governo disse que só fecharia acordo com a categoria caso os docentes definissem a proposta econômica, que prevê a concessão de promoção com ganho de 7% em novembro deste ano e 7% em março de 2013 para os professores licenciados de carreira de Magistério que realizem o curso de atualização.
O presidente estadual da APLB, Ruy Oliveira, disse em entrevista ao Acorda Cidade que os professores decidiram pela suspensão da greve porque o governo aceitou uma proposta mínina da categoria.
“O governo se comprometeu a readmitir os professores demitidos, retirar os processos da justiça em relação a APLB sindicato, devolver os quatro meses de salário para os professores, devolver três meses de receita da entidade que foi confiscada e a continuidade da negociação”, enumerou.
Reposição das aulas
As aulas estão previstas para serem reiniciadas na próxima segunda-feira (6). De acordo com Germano, o calendário de reposição deve começar a ser discutido no mesmo dia. “Queremos aula correta para não prejudicar mais os alunos”, declarou.
Ruy Oliveira afirmou que o sindicato deu o prazo de um mês para que o governo continue as negociações. “Se esse prazo não for cumprido poderá voltar a greve”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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