Nesta semana, duas manifestações foram realizadas para denunciar a falta de pagamento dos salários por parte das empresas terceirizadas, que prestam serviço para a prefeitura de Feira de Santana. Entre as reclamações estão pagamentos do 13º, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e principalmente, dos salários atrasados em pleno fim de ano. Imaps, ADM, Confiança e S3, são algumas empresas que registram esses problemas.
Na manhã desta sexta-feira (15), durante entrevista ao Programa Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins Filho falou que apesar de haver algumas reclamações, os serviços de saúde prestados à comunidade estão normalizados.
“Fizemos a substituição da empresa que tinha a maior quantidade de problemas que foi a Imaps. Novas empresas que estão corrigindo e assumindo algumas dessas situações. De qualquer forma, é importante que a gente veja que foram R$ 2.700.872 milhões de atendimentos e procedimentos realizados este ano em Feira até agora. Do ponto de vista da assistência à saúde, tudo continua funcionando, e funcionando muito bem. Tem problema para pagamentos de alguns setores, podem ter também, mas é importante a gente dizer que estamos fazendo avanços extremamente importantes no serviço à saúde. Há uma reclamação dos prestadores de serviço, mas em termos de serviço prestado, nós temos esse número que é algo extremamente importante e positivo”, declarou.
Este ano, o Acorda Cidade relatou muitos problemas referentes a falta de materiais para atendimento em postos de saúde, assim como trabalhadores de diversos setores sem receber. Além dos terceirizados, médicos e enfermeiros também passaram pela problemática.
O prefeito explicou como a logística administrativa funciona para que os pagamentos sejam efetuados e reforçou que a medida que a prefeitura tomou foi o afastamento da empresa que tinha o maior número de reclamações.
“A prefeitura faz os pagamentos e as empresas por lei, tem que fazer o pagamento e precisam mandar uma nota para que a prefeitura possa fazer o ressarcimento, então existiam problemas, essa empresa (Imaps) que foi a principal, foi afastada e as outras empresas estão neste momento assumindo suas funções e seus gerenciamentos de quadro, isso está acontecendo com muita tranquilidade”, afirmou.
Questionado sobre o tempo para haver uma solução para estes problemas de falta de pagamento, o prefeito informou que já deveria ter sido solucionado.
“Já era para ter resolvido. Você lembra que essa situação começou lá na pandemia, 2020, 2021. Em 2022, com aquele atraso de orçamento, começou-se a ter uma dificuldade grande de pagamento e agora em 2023 nós estamos fazendo o equilíbrio”, reforçou.
Apesar disso, Colbert explicou que com a Imaps, foram finalizados apenas os contratos que podiam ser encerrados, aqueles ligados diretamente à prefeitura e outras secretarias. No Hospital da Mulher, o contrato segue até o mês de abril.
Com relação à empresa ADM, que também tem registrado reclamações por falta de pagamento de salários, o prefeito explicou que não tem consentimento sobre a questão e que as contas estão em dia. Ele pontuou que apenas um grupo de 157 pessoas que trabalham na Policlínica de Humildes, trabalharam um período sem receber, mas que a prefeitura já está assumindo para garantir os pagamentos atrasados.
“A informação é que estão em dias. Alguém falou sobre a Desenvolvida, ela pagou tudo certinho, inclusive o 13º. Existe um problema com um grupo que ficou na Policlínica de Humildes que ficaram 27 dias trabalhando e foram contratados todos, não ficou ninguém desempregado, mas este grupo tem 27 dias a receber e esse recebimento vai ser pago de forma direta pela prefeitura. Já foi definida essa forma de pagamento”, relatou.
O prefeito ainda comentou sobre a terceirizada IGM, que só trabalhou por 2 meses e como a prefeitura tem realizado a fiscalização dessas empresas.
“O que tem de pagamentos atrasados, todos serão regularizados para serem feitos pelas empresas, a gente faz o repasse para ela, para que isso possa ser pago. O fiscal de contrato fiscaliza. Às vezes você tem um fiscal para três, quatro contratos, mas o acompanhamento, esse sim, está sendo feito diretamente para exigir o cumprimento de cada uma de suas obrigações, mas a própria Imaps e outras estão numa discussão judicial que devemos pendências que estão sendo resolvidas para o cumprimento dessas ações”, esclareceu.
Ouça a entrevista na íntegra:
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