Sem coturno, quepe ou pistola em punho, 302 policiais militares e 77 civis da Bahia adotaram o discurso como arma. Decidiram pendurar o distintivo por um tempo para tentar a carreira política, seja como candidatos a prefeito, vice ou vereador. O crescimento no número de policiais que vão à disputa este ano é de 41% em comparação com a eleição de 2008, percentual muito acima do aumento de 11% registrado em todo o país. Líder da greve da PM baiana, que durou 12 dias e ganhou destaque internacional, Marco Prisco é um dos 379 PMs candidatos a vereador na Bahia. Prisco, que vai tentar uma vaga na Câmara de Salvador pelo PSDB, reconhece que sua participação no movimento deve lhe render dividendos eleitorais. “Minha luta já tem 12 anos, não foi por causa desse movimento apenas, mas com certeza (a greve) me projetou, porque ficou clara a responsabilidade e o respeito que tenho com a tropa”, afirmou. Além de Prisco, outros oito líderes da greve da PM deste ano também lançaram-se candidatos a vereador: o sargento Marcus Vinícius (PSD), em Santo Antônio de Jesus; soldado Augusto Junior (PSB), em Ilhéus; o soldado Josafá Ramos (PPS), em Feira de Santana; soldado Ivan Leite (PMDB), em Dias D’Ávila; soldado Lourival Moreira (PTN), em Paulo Afonso; e o subtenente Evaldo Silva Santos (PSB), em Alagoinhas. Outros dois que também foram presos juntos com Prisco, o soldado Fábio Brito (Psol) e o sargento Elias Brito de Lima (PPL), também registraram candidatura na Justiça Eleitoral, mas cogitam sair da disputa. As informações são do Correio.
Dilton e Feito
Eleições terão 41% a mais de policiais na disputa, em relação a 2008
Sem coturno, quepe ou pistola em punho, 302 policiais militares e 77 civis da Bahia adotaram o discurso como arma
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