Acontece neste sábado (2), das 9h às 15h, na Policlínica Regional, próximo ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) em Feira de Santana, o mutirão de atendimento gratuito para pacientes com câncer de pele. A inciativa faz parte da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), e é realizada anualmente no primeiro sábado do mês de dezembro em alusão ao Dezembro Laranja, mês de prevenção ao câncer de pele.
Muitas pessoas buscam o atendimento, entre elas, o Antônio Firmino da Costa, de 72 anos. Ele que é da cidade de Irecê, foi até o local acompanhado da filha que mora em Feira de Santana e contou que já teve câncer de pele e recentemente voltaram a aparecer algumas manchas que coçam no peito. Segundo ele, deseja passar pela avaliação, para saber qual procedimento pode ser feito.
“Apareci com essas manchas e vim ver o que pode ser. Fiquei sabendo do mutirão e decidi participar”, contou.
Ronaldo Vieira Oliveira, de 42 anos, levou o pai de 67 anos para ser avaliado durante o mutirão. Ele afirmou que o idoso é acamado, tem vários problemas de saúde, já teve câncer de pele e fez duas cirurgias no crânio.
“Já teve câncer a região craniana, por duas vezes e já fez radioterapia. Viemos para entender se vai fazer uma nova biopsia, qual tipo de acompanhamento ele vai fazer agora”, relatou.
A dermatologista Camila Cruz, que é coordenadora do mutirão explicou ao Acorda Cidade que o câncer de pele é o mais comum entre as pessoas, e que nessa época do ano, há uma incidência de radiação solar muito grande o que é um fator de risco aumentado pelo câncer de pele.
Ela destacou que a iniciativa do mutirão acontece em todo o Brasil, dentro das atividades do Dezembro Laranja e que participam dermatologistas voluntários. A ação faz a triagem dos pacientes e a partir da avaliação é identificado se pode ser feita a cirurgia hoje. Se tiver critério o paciente já é encaminhado ao centro cirúrgico. Caso haja algum fator que não permita a realização hoje, o paciente é encaminhado para fazer o procedimento futuramente através da regulação. Ela disse que na maioria das cirurgias de câncer de pele, o paciente já é liberado no mesmo dia após o procedimento.
“Uma feridinha que não cicatriza, um sinal que está crescendo, mudando de cor, começou a sangrar. Se não houver o tratamento essa lesão tende a crescer. Dá deformidades no nariz lábio, face, orelha. Alguns são mais agressivos, como o melalona que se não tratado por de levar o paciente a óbito”, acrescentou.
Camila Cruz explicou que o atendimento é organizado por ordem de prioridade por idade e que a medida que os pacientes forem atendidos, novas fichas são liberadas, com o objetivo de atender o maior número de pessoas.
Ela salientou que muitas pessoas estão participando, não só de Feira de Santana, como de outras cidades circunvizinhas e que há uma demanda reprimida, pois o atendimento com médicos dermatologistas pelo Serviço Único de Saúde (SUS) é limitado, com poucas vagas disponibilizadas e assim os pacientes ficam desassistidos.
A dermatologista encerrou a entrevista falando sobre a importância dos cuidados sobre a exposição ao sol, a necessidade de uso do protetor solar, assim como roupas de proteção e atenção nos horários de pico das 9h às 15h.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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